Diante do aquecimento nas vendas externas, recorde para o acumulado, a entidade revisou para cima a meta de produção, estimando agora 2,6 milhões de veículos.

Por Redação

A Anfavea reviu para cima as metas de produção e exportação para este ano. Ante projeção anterior de acréscimo de 7,2% nas vendas externas, acredita agora em alta de 35,6%, o que significará o embarque de 705 mil veículos para fora do País. Em valor, a nova meta de exportação é de US$ 13,9 bilhões, acréscimo de 30,7% sobre 2016.

A produção, em consequência, também deverá ser maior do que a prevista antes. A entidade aposta agora em 2,6 milhões de veículos a serem fabricados este ano, alta de 21,5% sobre 2016, ante os 11,9% projetados no início do ano.

Ao divulgar os números na quinta-feira, 6, o presidente da entidade, Antonio Megale, admitiu que fará nova revisão para as vendas internas nas próximas semanas. Por enquanto manteve a projeção de acréscimo de 4%, num total de 2 milhões 67 mil unidades. As perspectivas para o segmento de máquinas agrícolas e rodoviárias também não foram alteradas.

Segundo Megale, a redução da participação de importados no mercado total também está contribuindo para uma produção maior este ano. O executivo ressalta, no entanto, que a capacidade ociosa ainda é elevada devido à lenta recuperação do mercado interno.

Balanço – Em junho foram licenciadas 195 mil unidades, desempenho praticamente estável em relação às 195,6 mil de maio e 13,5% superior ao resultado de 171,8 mil do mesmo mês do ano passado. No primeiro semestre deste ano foram emplacados 1 milhão de veículos, crescimento de 3,7% ante os 983,5 mil de 2016.

Junho teve a melhor média diária de vendas do ano e por dois meses seguidos a indústria registrou crescimento sobre o mesmo período de 2016. Na avaliação de Megale, um sinal da estabilização no comportamento dos negócios da indústria automobilística. “Se tivermos um ambiente político mais estável e com alguns indicadores macroeconômicos positivos, a tendência é de retomada”.

O resultado do primeiro semestre nas exportações é recorde para o período na história do setor. Foram embarcadas 372,6 mil unidades, crescimento de 57,2% ante as 236,9 mil do ano passado. A produção no mês passado atingiu 212,3 mil unidades, com queda de 15,4% no comparativo com maio e crescimento de 15,1% em relação ao mesmo mês de 2016. No acumulado do ano foram fabricados 1,3 milhão de veículos, alta de 23,3% em relação ao primeiro semestre do ano passado.

Enquanto as vendas de automóveis e comerciais leves registraram alta de 4,2% no primeiro semestre, as de caminhões recuaram 16,1%, com apenas 21,5 mil unidades emplacadas este ano. Como as exportações no segmento de pesados está em alta, a produção cresceu 15,3% no período, atingindo 36 mil unidades.

Os embarques para outros países ficaram em 13,6 mil caminhões no ano, expansão de 45,4% em relação aos 9,4 mil do primeiro semestre do ano passado. Também por causa de melhorias na área externa a produção de ônibus foi 7,9% maior este ano: 10 mil unidades ante as 9,2 mil dos primeiros seis meses de 2016.


 

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