Enquanto o mercado interno de caminhões cai 16%, a marca sueca registra alta de 10% e a holandesa de 31%

Por Redação

Encerradas as vendas do primeiro semestre do ano é hora de contabilizar perdas e ganhos. Em mercado retraído, no qual os negócios despencaram para 21.457 unidades, 16,1% inferior ao registrado um ano antes, de 25.588 caminhões, deixar de perder já se considera uma boa notícia. Scania e DAF, no entanto, estão conseguindo enfrentar a crise com ânimo de vitória.

De acordo com os dados da Anfavea, diferentemente de todas as outras marcas, as duas fabricantes não só acumularam crescimento nas vendas na primeira metade do ano como também garantiram maior participação. No período a Scania negociou 2.279 caminhões, alta de 9,8% sobre os seis primeiros meses do ano passado. O volume garantiu à empresa preservar seu quinto lugar no ranking e acrescentar quase 2,5 pontos porcentuais em relação a fatia que tinha, saltando de 8,16% para 10,61% do mercado. Vale lembrar que a marca atua somente nas categorias de semipesados e pesados.

É verdade que a DAF ainda tem pouco tempo de atividade no Brasil e volumes bem inferiores às demais concorrentes. Aos poucos, porém, a fabricante de Ponta Grossa (PR) deverá começar a incomodar os rivais. Se já não atrapalha, embora ainda ocupe o sétimo lugar em vendas. As 363 unidades que vendeu de janeiro a junho promoveu uma alta de 31% sobre os 277 veículos vendidos no mesmo período de 2016. Mas a contabilidade dos licenciamentos também tirou a marca do menos 1% de participação para garantir fatia de 1,7%.

A Mercedes-Benz ainda goza da liderança com 30% do mercado, estável em relação à participação que tinha até o primeiro semestre do ano passado. No acumulado até junho de 2017, a companhia vendeu 6.386 caminhões, queda de 15,5%, praticamente acompanhando a retração do mercado.

O mesmo não se pode dizer da vice-líder MAN. Suas vendas nos primeiros seis meses do ano acumularam 5.421 unidades, 22% a menos na comparação com um ano antes, de 6.954 caminhões. O resultado fez a companhia perder participação, pois tinha pouco mais de 27% e fechou o primeiro semestre com 25,3%.

Como a terceira montadora de caminhões que mais vende, a Ford apurou variação negativa nos seus emplacamentos de 12,7%. Somou 3.436 caminhões negociados no acumulado até junho frente aos 3.934 registrados um ano antes. O volume vendido, no entanto, permitiu à empresa um pequeno ganho de 0,5 ponto porcentual, saindo de 15,4% no fim do primeiro semestre de 2016 para 16% agora.

A Volvo segue na quarta posição do ranking com queda de 18,2% nas vendas no primeiro semestre, para 2.279 unidades, resultado que representou 11% do mercado, a mesma fatia que possuía ao término do primeiro semestre de 2016.

A Iveco, em sexto lugar, amargou uma acentuada retração nas vendas de 40,8%. No acumulado até junho, foram licenciados apenas 824 caminhões da montadora. Um ano antes registrava 1.391 unidades vendidas. Sua participação encolheu de 5,56% para 4%.

A lista do ranking segue com a FCA na oitava posição, com 234 caminhonetes Dodge RAM vendidas, recuo de 9,3%. A Agrale, em nono lugar, com 64 caminhões negociados, forte queda de quase 50% na comparação com os seis primeiros meses de 2016, e a lnternational, na lanterna da disputa. A montadora de Canoas, porém, segue com produção parada. Ainda assim, no primeiro semestre do ano, 28 unidades foram emplacadas, o mesmo volume de um ano antes.


Foto: Scania/Divulgação

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