Por Lael Costa

A mais nova fabricante de caminhões a se instalar no País teve de prorrogar ambições em virtude da crise que derrubou as vendas de pesados nos últimos anos. Nem por isso, a empresa tirou do radar os planos de crescimento, a começar pela rede de atendimento. Até o fim do ano a montadora terá 32 pontos com a abertura de quatro novos endereços, será mais uma concessionária, a 22ª da rede, em Contagem (MG), e outros três Postos de Serviço Autorizado, em Duque de Caxias (RJ), Recife (PE) e Ji-Paraná (RO).

Além da abertura de novos pontos, também lojas da rede terão melhorias. A Via Trucks, de Contagem (MG), e a Caiobá Trucks, de Campo Grande (MS), investem R$ 4 milhões e R$ 8 milhões, respectivamente, na mudança para instalações maiores e melhores localizadas. Desde que iniciou produção em Ponta Grossa (PR), já foram investidos de R$ 200 milhões na formação da rede por 13 grupos econômicos.

Para Luís Gambim, diretor comercial da DAF, o ano de 2017 será mais um ano de crescimento da empresa, “certamente acima de 30% com relação a 2016”, e mais investimento na rede prepara o caminho para o futuro. “Se hoje acumulamos 2.000 veículos vendidos, até 2020 projetamos ter 20.000 caminhões da marca em circulação.”

Apesar da proximidade com a Fenatran, que ocorrerá de 16 a 20 de outubro em São Paulo, Gambim prefere não revelar as novidades, limitando-se apenas a dizer que a marca aumentará o portfólio de oferta em novo segmento durante o evento, “para o fora de estrada, que será mais um passo neste novo momento da DAF e ajudará no crescimento das vendas.”

O período para o executivo, no entanto, já colhe bons resultados. Ele destaca que o mês passado foi o melhor de vendas da empresa, com 115 unidades emplacadas no segmento de pesados. O desempenho colocou a montadora em quarto lugar no ranking do mês, com 7% de participação na categoria.

Segundo o diretor comercial a evolução é contínua. Na fábrica de Ponta Grossa o ritmo passa a ser de cinco para seis unidades produzidas por dia a partir de 1º de novembro, com planos de chegar a dez logo nos primeiros meses do ano que vem. “A produção atual já não é capaz de atender a demanda que temos hoje”, resume.

A fábrica paranaense, porém, tem capacidade para 20.000 unidades/ano em dois turnos. Para ocupar a ociosidade também lança olhos para os mercados latino-americanos, como Argentina, Paraguai e Uruguai, países nos quais não atua, como também e o Chile e o México, hoje abastecidos pela Holanda, país de origem da marca. “É um trabalho que ainda demandará um ano e meio, 2 anos. Não podemos perder de vista o nosso plano inicial de também atuar na América Latina a partir do Brasil, mas que as condições do mercado brasileiro adiaram.”


Foto: DAF/Divulgação

Décio Costa
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