Por Alzira Rodrigues

Mais de 216,8 mil veículos saíram das linhas de montagem das montadoras aqui instaladas no mês passado, volume que representou crescimento de 24,6% sobre janeiro do ano passado (174 mil unidades) e de 1,5% em relação a dezembro (213,7 mil). Foi o melhor janeiro desde 2014, quando a produção no mês atingiu 237,3 mil veículos.

No comparativo anual o setor registra desempenho positivo em vendas internas e exportações. Os dados foram divulgados na terça-feira, 6, pelo presidente da Anfavea, Antonio Megale, que comemorou os bons números do setor destacando a criação em janeiro de 676 novos empregos nas montadoras, que agora contam com quadro de 129.951 funcionários.

Com exceção de máquinas agrícolas, todos os demais segmentos registraram crescimento no comparativo anual. As vendas internas de veículos cresceram 23,1%, atingindo 181.266 unidades ante as 147.219 de janeiro do ano passado.

No que tange ao mercado doméstico, foi o melhor mês de janeiro desde 2015. A alta em relação ao primeiro mês de 2017 foi de 22,3% nos emplacamentos de automóveis e comerciais leves – 175,8 mil unidades contra as 145,8 mil do primeiro mês de 2017 – e de 54,8% nos caminhões – 4.561 contra 2.947.

Houve queda nas vendas em relação a dezembro, o que é normal em toda virada de ano, segundo Megale: “Voltamos à média dos últimos dez anos para um mês de janeiro, o que confirma a retomada do nosso setor”.

O estoque de veículos nas redes e nas montadoras subiu um pouco, para o equivalente a 38 dias de produção, o que também é definido pelo presidente da Anfavea como sazonal. O ideal, na sua avaliação, é um estoque entre 30 e 32 dias, o que deve ser retomado em março, passado o período de férias e Carnaval, quando o movimento no varejo é mais fraco.
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Megale também comentou na sobre o Rota 2030, a nova política industrial do setor, que deveria ter saído no ano passado e ainda continua indefinida. Disse que está em vias de ser solucionada a questão dos incentivos à Pesquisa & Desenvolvimento, uma das principais pendências do programa.

“O governo está discutindo a forma de concessão desses incentivos, a fim de encontrar uma equação que não seja questionada pela OEM. Acredito que até o fim deste mês ou início de março o Rota 2030 seja definido”.

Rota 2030 –Também faltam definições em relação à eficiência energética, um dos pontos forte do programa Inovar-Auto que terminou no último dia 31 de dezembro.

Houve avanços significativos nos veículos brasileiros nos seis anos desse programa e mantém-se a expectativa de que novas metas sejam definidas no Rota 2030, para serem implementadas após sua divulgação. “O governo não vai poder cobrar esse período em que estamos sem regras definidas”.


Fotos: Divulgação

 

 

 

George Guimarães
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