Por Redação | autoindustria@autoindustria.com.br

Os metalúrgicos da Renault vão receber um PLR, Participação nos Lucros e Resultados, de R$ 25,5 mil este ano, sendo a primeira parcela será depositada ainda este mês no valor de R$ 19,3 mil. Para o ano que vem a PLR foi fixada em R$ 26,5 mil.

A proposta da empresa, feita após greve realizada na quinta-feira, 3, e sexta-feira, 4, na fábrica de São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, SP, foi aprovada durante a assembleia realizada na tarde de segunda-feira, 7, com voto favorável de 90% dos participantes. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, serão injetados na economia paranaense cerca de R$ 153 milhões este ano e outros R$ 159 milhões em 2019 ´por conta dos valores de PLR acertados com a Renault.

Na semana passada, antes de entrarem em greve, os trabalhadores da montadora rejeitaram proposta de uma PRL de R$ 24.860. A Renault não divulgou quantos carros deixou de produzir por casa da paralisação de sua fábrica paranaense.

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Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, Sérgio Butka, a aprovação do acordo com a Renault significa que a economia está melhorando e pode representar a retomada dos grandes acordos do passado:

“Mais uma vitória dos trabalhadores da Renault, mostrando que nós estamos vivendo uma nova fase de acordos na categoria. Já iniciamos o ano conquistando reajustes e aumentos reais no salário dos metalúrgicos em muitas empresas. Na Renault, assim como na Volvo, tivemos um bom aumento na PLR e também um bom avanço no vale-mercado”.

Além da PLR, os trabalhadores da Renault acertaram um vale-mercado de R$ 560,00 a partir deste mês, valor a ser corrigido no próximo ano com base no INPC. De acordo com o Sindicato, a Renault emprega atualmente cerca de 6 mil trabalhadores e produz uma média diária de 1.150 automóveis, dentre eles o Duster, Oroch, Sandero, Logan, Captur e Kwid.

Volvo – Na sexta-feira, 4, também os trabalhadores da fábrica da Volvo no Paraná aprovaram proposta de PLR mínimo para este ano de R$ 9, 5 mil, com potencial de chegar em R$ 20.794,00, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba.

No caso da Volvo, houve queda no valor da PLR nos últimos anos – o que não aconteceu na Renault – por causa da forte crise vivida no mercado de caminhões. Para o presidente do Sindicato, Sérgio Butka, com a economia se reaquecendo é possível pensar em números maiores. “Os trabalhadores sabem bem disso e já começam a pensar em avanços para estabelecer melhores condições para toda a categoria.”


Foto: Divulgação/SMC

Alzira Rodrigues
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