Por Redação autoindustria@autoindustria.com.br

O montante de R$ 28,6 bilhões de créditos liberados para a compra de veículos no primeiro trimestre do ano representou o melhor resultado para o período dos últimos cinco anos, conforme balanço divulgado pela Anef, Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras, na segunda-feira, 14.

Para as operações via CDC, Crédito Direto ao Consumidor, foram destinados R$ 28,1 bilhões, enquanto as realizadas por meio do leasing atingiram R$ 461 milhões. O movimento favorável na área de crédito reflete a maior demanda no mercado de veículos, que se mantém em alta desde o início do ano.

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O índice de inadimplentes, segundo a Anef, segue em queda. Nas operações de CDC ficou em 3,6% para as pessoas físicas em março, queda de 0,9 ponto porcentual em doze meses. Na carteira de leasing, a taxa foi de 2,2%, o que representa uma redução de 1,5 ponto porcentual no período.

A taxa de inadimplência para pessoas jurídicas foi de 2,5% para financiamentos e 1,6% para leasing, representando queda de 2 pontos percentuais em ambas as modalidades.

Só em março os financiamentos alcançaram R$ 10,3 bilhões, o melhor resultado registrado desde dezembro de 2014, quando a liberação atingiu R$ 11,3 bilhões. Na comparação com fevereiro, a alta foi de 26,9% e em relação ao mesmo mês do ano passado, de 23,7%. Para as pessoas físicas foram destinados R$ 8,6 bilhões, enquanto para as pessoas jurídicas, R$ 1,7 bilhão.

Considerando todas as modalidades de venda, o CDC segue sendo a mais procurada pelos compradores de automóveis e comerciais leves, com fatia de 51% dos negócios concluídos no primeiro trimestre. Logo após vem a compra à vista, com participação de 43%.

Já no segmento de caminhões e ônibus a maior procura continua sendo pelo Finame, que no período representou 57%. O CDC, no entanto, vem ganhando espaço gradativo nas vendas de pesados. Atingiu índice de 22% este ano, ante os 15% de 2015.

Os compradores de motocicletas, assim como em 2017, seguem optando pelo financiamento, com 39% dos negócios fechados, seguido pela compra à vista, 32%, e consórcio, 29%.

O saldo das carteiras chegou a R$ 176,4 bilhões em março, alta de 1,6% sobre fevereiro e de 9,1% em doze meses. Desse total, o CDC respondeu por R$ 172,8 bilhões e o leasing por R$ 3,6 bilhões.

De acordo com a Anef, as taxas praticadas pelos bancos ligados às montadoras continuam mais atraentes para o consumidor, na faixa de 18,1% ao ano e 1,4% ao mês.


 

Alzira Rodrigues
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