Por George Guimarães | george@autoindustria.com.br

O Toyota Prius segue acelerando no mercado brasileiro. O híbrido importado somou exatos 1.179  emplacamentos no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, crescimento de 75% sobre igual período do ano passado.

O desempenho do Prius chama atenção sobretudo porque ao longo de todo o ano passado suas vendas já haviam superado  2,4 mil unidades, cinco vezes mais do que o registrado em 2016. E porque o próprio segmento de sedãs médios, onde o Toyota está incluído, não experimenta evolução tão significativa.

Ao contrário: enquanto o mercado brasileiro total de automóveis cresceu 15,8% até maio, os sedãs médios somaram 59,9 mil unidades, apenas 3% a mais do que no acumulado dos mesmos cinco meses de 2017.

O resultado de 2018 manteve o Prius na 11ª colocação do segmento, com 2% de participação, posição alcançada no ano passado. Mas o modelo já está muito próximo de vários dos concorrentes imediatamente à frente. Tanto que o quarto colocado, o Volkwagen Jetta, tem 1.977 unidades negociadas, fatia de apenas 3,3%.

A liderança inconteste é de outro Toyota, o Corolla, que respondeu por 40% das vendas com mais de 24,2 mil unidades. Muito à frente até do segundo colocado Honda Civic, que acumulou 11 mil emplacamentos, equivalentes a 18% do segmento.

Segundo a Anfavea, o Prius representou 73% das vendas de elétricos e híbridos no País no ano passado, universo que chegou a 3,3 mil veículos, três vezes mais do que o volume registrado em 2016. Tende a repetir ou até ampliar esta fatia ao longo de 2018.

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A Toyota é, de longe, a montadora que mais demonstra interesse e empenho na ampliação do mercado de híbridos no Brasil.  Além de trazer o Prius de fora, a empresa vem desenvolvendo uma versão do sedã híbrido-flex em parceria com universidades e instituições como a Unica, a União da Indústria de Cana-de Açúcar.

Em março, um protótipo partiu de São Paulo para teste de rodagem em trajeto de mais 1 mil quilômetros até Brasília (DF). O CEO da empresa na América Latina Steve St. Angelo, naquela oportunidade, admitiu a possibilidade de fabricá-lo  aqui futuramente, mas claramente a depender de definições da política setorial Rota 2030, ainda engavetada.


Foto: Divulgação/ Toyota

 

 

 

George Guimarães
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