Por Décio Costa, de Xaxim, SC | decio@autoindustria.com.br

A Cordenonsi, empresa de Xaxim (SC), especializada no transporte de carga frigorificada com temperatura controlada, elaborou um plano de gestão com metas de elevar receitas e reduzir custos com base na conectividade. Até 2023, a transportadora perseguirá uma economia de 15% ao ano, o que representará deixar de gastar R$ 830.000 por ano.

Para isso, a empresa coloca atenção no treinamento contínuo dos motoristas, na disponibilidade dos veículos e na manutenção. No ano passado e início deste, com a compra de 40 caminhões Scania, 35 deles R440 e o restante da nova R450, a empresa adotou os Serviços Conectados da montadora associados ao chamado contrato de manutenção Planos Flexíveis.

O gerente corporativo de operações da transportadora, Felipe Cordenonsi, enxergou itens na conectividade e no contrato de manutenção itens fundamentais para poder alcançar as metas propostas. “Além de controle em tempo real da operação, o que dá possiblidade de corrigir eventual comportamento na direção, o caminhão agora é quem diz quando vai parar. Isso permite projetar uma economia de 7% no consumo de combustível, ou R% 770 por mês em cada veículo.”

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Fabio Souza, diretor de serviços da Scania do Brasil, aponta que com o auxílio da conectividade, o transportador passa a ter vantagem de uma gestão de frota compartilhada com a fabricantes. Mais ainda: as informações permitiram à montadora conceber plano de manutenção baseado na operação do cliente, cobrando valores de acordo o gasto de combustível e a quilometro rodado. “A telemetria é commodity. O pulo do gato é saber como utilizar a informação para realmente oferecer vantagens.”

O diretor da Scania destaca que é injusto cobrar valores iguais de uma operação que segue com o caminhão carregado e volta vazio de outra que vai e retorna com o veículo com plena carga. “A conectividade permite redefinir regras do transporte, capaz de entregar mais agilidade, menores tempos de parada como também custos reduzidos.”

Trata-se de um conjunto de ações e reforços nos processos. Os relatórios de informações do caminhão, como consumo, tempo de marcha lenta, frenagem, regimes de rotação, dentre outros itens de desempenho ajudam na capacitação, mas não bastam. Souza destaca que mudança dentro de casa também precisam ser feitas. “Assim como ninguém ganha corrida com piloto ruim, processos e mecânicos sem ensaios colocam tudo a perder.”

Gustavo Andrade, gerente de portfólio de serviços da Scania, conta que a conectividade alterou a rotina das oficinas. Se antes a maior carga de trabalho ocorria com chegada do caminhão, agora, a correria acontece antes, com a preparação do boxe para recepção do veículo. “Com a informação antecipada já se sabe o que fazer com o caminhão. Foi possível reduzir o tempo de parada do caminhão em 75%. Importante é o processo do cliente, mas dá para falar em ganho de 10% na produtividade e na eficiência da operação de transporte.”

No caso da Cordenonsi, as trocas de óleo, por exemplo, saltaram de a cada 30.000 km para 53.000 km. Depois, o gerente de operação contabiliza já contabiliza uma redução de 3% no custo operacional por veículo, o que inclui na conta diesel, pneus e peças. “De fato, o caminhão segue para a manutenção quando ele avisa e precisa, o que evita trocas de peças desnecessárias, além já conseguirmos reduzir em 50% os tempos de paradas”, resume o gerente de operação da transportadora.


Foto: Décio Costa

Décio Costa
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