Por Redação | autoindustria@autoindustria.com.br

Em contraste com o mercado de veículos novos, o de usados está rateando este ano. No acumulado até julho registrou pequena queda de 0,1%, a primeira do ano, reflexo principalmente da desaceleração no segmento de automóveis. Levantamento da Fenabrave mostra que apenas os pesados – caminhões e implementos rodoviários – ainda mantém desempenho positivo no ano.

A venda de caminhões usados cresceu 12,3% em julho sobre junho – 32 mil unidades contra 28,5 mil – e 2,1% no acumulado dos primeiros sete meses, com o registro de 197,9 mil negócios este ano, ante os 193,7 mil do mesmo período de 2017. No caso dos implementos rodoviários a alta até julho é de 8,7%, com a comercialização de, respectivamente, 51,7 mil e 47,6 mil unidades.

Já os negócios com automóveis usados caíram no comparativo anual, totalizando 5 milhões 190 mil unidades este ano, contra as 5 milhões 200 mil dos primeiros sete meses de 2017. As vendas do segmento até cresceram em julho com relação ao mês anterior, mas o mercado em junho foi afetado pelo desabastecimento provocado pela greve dos caminhoneiros. No caso dos comerciais leves, há praticamente uma estabilidade. O crescimento é de apenas 0,2%, com 816,3 mil unidades comercializadas até julho.

O presidente da Fenauto, Ilídio dos Santos, entidade que representa o setor de lojistas multimarcas de veículos seminovos e usados, diz que um dos problemas no setor é que os bancos ainda mantêm fortes restrições na concessão de financiamentos. “De cada dez propostas, atualmente, apenas três são aprovadas. Com a melhora da economia e o retorno do trabalho pleno, esperamos que esse cenário possa ser alterado positivamente”.


 

Alzira Rodrigues
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