Mercado

Greve reduz venda de veículos em maio

Queda foi de 7,1% sobre abril e reflexos do movimento ainda serão sentidos em junho

Por Alzira Rodrigues | alzira@autoindustria.com.br

A paralisação dos transportes rodoviários afetou as vendas de veículos em maio. Segundo balanço divulgado pela Fenabrave na sexta-feira, 1, foram emplacados no mês 201.800 veículos, incluindo leves e pesados, ante os 217.333 de abril. Queda, portanto, de 7,1%. E os reflexos nas vendas, segundo o presidente da entidade, Alarico Assumpção Júnior, continuarão sendo sentidos em junho.

Apesar da retração de maio sobre abril, o setor registrou alta tanto no comparativo com o mesmo mês do ano passado, de 3,2%, como também no acumulado do ano. Foram comercializadas de janeiro a maio total de 964.697 unidades, o que representou crescimento de 17% sobre os 824.412 veículos licenciados no mesmo período de 2017.

Ao divulgar o balanço, Assumpção Jr. informou que até o impacto causado pelas paralisações dos caminhoneiros o mercado acompanhava a tendência positiva dos últimos meses .

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“Apuramos que a partir do dia 25 de maio o número de veículos emplacados começou a retrair. Este cenário ocorreu, entre outras razões, pela dificuldade de abastecimento de combustível, que fez com que os veículos já prontos para entrega não fossem conduzidos aos pátios dos Detrans para emplacamento”, explicou o empresário.

Além disso, as concessionárias deixaram de receber veículos a partir daquela data, porque não tinha como desovar os estoque de seus pátios. E a produção de todas as montadoras acabou sendo paralisada pela falta de peças.

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Como as montadoras só devem retomar suas atividades a partir da semana que vem, os reflexos da paralisação, segundo o presidente da Fenabrave, ainda serão sentidas este mês:

“Considerando que o espaço de tempo entre a venda do veículo e o seu emplacamento é de até sete dias, essa redução no volume ainda não pode ser apurada em sua totalidade. Os reflexos da greve dos caminhoneiros devem se estender nos resultados deste mês”.

Alarico Jr. destacou ainda que as concessionárias foram prejudicadas pelo desabastecimento de peças e também com a perda de serviços em suas oficinas. “Com a escassez de combustível, os clientes não se deslocavam até as concessionárias nem para comprar veículos e tampouco para realizar serviços nos que já possuem”.

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A queda nas vendas foi um pouco menor no segmento de automóveis e comerciais leves do que no de caminhões. Foram emplacados 194.922 veículos leves, contra 209.970 em abril de 2018, redução de 7,1% no comparativo mensal. Já as vendas de caminhões retraíram 8,1%, atingindo 5.717 unidades em maio contra as 6.222 do mês anterior. No comparativo anual, contudo, todos os segmentos registraram expansão.


Foto: Divulgação/Jeep

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Alzira Rodrigues

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