Colunistas

O carro foi para o espaço

Joel Leite

 

Por Joel Leite

 

A Tesla, a badalada montadora estadunidense que produz apenas carros elétricos de alto desempenho, lançou nave espacial com destino à órbita do planeta Marte. Dentro dela, um modelo Tesla Roadster conversível. O foguete que transportou o carro é o equipamento aeroespacial mais potente do mundo e também pertence ao empresário Elon Musk, dono da Tesla. O carro será deixado na órbita do planeta e ficará lá por muitos anos.

O roadster foi o primeiro modelo da marca . Sua  autonomia é 350 quilômetros e acelera de zero a 100 km/h em 3,9 segundos. Saiu de linha e seu substituto chega em 2020, com  autonomia de 1.000 km — um assombro para um carro elétrico.

Fundada em 2003, em apenas uma década a Tesla tornou-se uma das dez  marcas automotivas mais valiosas do mundo, com valor estimado de 4,4 bilhões de dólares. A empresa confirmou que todos os seus novos lançamentos serão autônomos, dotados de oito câmaras com visibilidade 360º, doze sensores ultrassônicos que detectam objetos de qualquer natureza e alimentam o sistema com informação visual mesmo com chuva ou nevoeiro.

Mas por trás da ação de marketing que levou seu carro à órbita de Marte, está a intenção de distrair a atenção dos problemas enfrentados pela Tesla, que não consegue obter material suficiente para produzir os carros, todos feitos de alumínio — veículos que já foram encomendados, parcialmente pagos, e que a empresa não consegue entregar. O risco é a empresa toda ir pro espaço.

• SUVs pequenos buscando espaço

Agora foi a vez da Ford: a montadora também quer beliscar uma fatia do importante mercado de utilitários esportivos de entrada e, para isso, inventou um SUV derivado do Ka. Legalmente, o Ka Freestyle faz parte dessa categoria de automóveis, mas assim com o seus parceiros Onix Activ, HB20X , Sandero Stepway  e Renault Kwid  está longe de representar um verdadeiro SUV.

As montadoras estão ávidas para explorar o desejo do consumidor de entrar no segmento. O utilitário esportivo (grande, pequeno, básico ou luxuoso) é a categoria que mais cresce no Brasil: no ano passado vendeu 415 mil unidades, aumento de 37%. De cada dez carros vendidos no Brasil, dois são utilitários esportivos. Um mercado pra lá de atraente.

• Harley Davdson cresce

A Harley-Davidson foi a marca mais vendida em janeiro no segmento das motos acima de 601cc, com 408 unidades emplacadas. A empresa aposta no crescimento do mercado e por isso investiu numa estratégia agressiva de longo prazo, o que rendeu bons números no ano passado e indica um bom ano de 2018. A Harley está oferecendo a Forty-Eight modelo 2018 por R$ 43,9 mil durante o mês de fevereiro, um desconto de R$ 4,2 mil sobre o preço de tabela.

* Joel Leite é jornalista, palestrante e criador da Agência AutoInforme, agência especializada no setor automotivo

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George Guimarães

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