Montadora mantém decisão de deixar o Brasil e trabalhadores vão negociar o pagamento das devidas indenizações
O Sindicato dos Metalúrgicos de Taubate e Região, SP, promoveu assembleia na manhã desta sexta-feira, 26, para informar os trabalhadores sobre encontro com a direção mundial da montadora na véspera e iniciar mobilização para negociar a devida indenização dos afetados pelo encerramento da produção na fábrica de motores e transmissões.
Segundo o presidente do Sindmetau, Claudio Batista, a entidade apresentou algumas propostas para tentar reverter a decisão da Ford de suspender operações fabris no Brasil, mas os executivos presentes no encontro virtual – Lyle Watters, presidente da Ford América do Sul, Kevin Legel, vice-presidente de manufatura, e John Savona, vice-presidente de relações trabalhistas – deixaram claro que não há nenhuma chance disso ocorrer.
Sem entrar em detalhes sobre as propostas apresentadas, o sindicalista revelou apenas que elas tinham por base estudos do Dieese, Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, com alternativas para a manutenção das atividades da montadora no País.
A reunião do Sindmetau com os diretores mundiais do Ford foi um dos pontos do acordo firmado entre as partes no TRT, Tribunal Regional do Trabalho, que também garantiu a manutenção dos empregos, salários e benefícios dos 830 trabalhadores da unidade até o fim das negociações.
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Na ocasião, foi decidida ainda a volta de 130 funcionários ao trabalho para garantir a produção de peças para o mercado de reposição. Até 330 trabalhadores devem ser convocados, de forma escalonada, nas próximas semanas e quem não for chamado continuará em licença remunerada, com salários e benefícios garantidos.
De acordo com o presidente do Sindmetau, a luta agora será pela definição de uma indenização justa por parte da montadora. Essa indenização, diz o sindicalista, deve levar em conta aspectos como os impactos econômicos e sociais do fim das atividades da fábrica e o acordo de estabilidade no emprego dos funcionários que vai até dezembro.
Foto: Divulgação/Sindmetau
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