Mercado

Implementos rodoviários pesados tem melhor mês da história

Segmento responde 60% do mercado total, que recuou 3% até outubro

A indústria brasileira de implementos rodoviários estabeleceu, em outubro, seu melhor resultado de vendas em toda a história para o segmento de pesados. Foram negociados no mês passado exatos 8.997 implementos, recorde absoluto desde 2004, quando do início do levantamento por parte da Anfir – Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários.

Implementos pesados atendem diversos segmentos, especialmente para o transporte de grãos e outros produtos agrícolas, contêineres, carga frigorificadas e combustíveis.

“Temos um mercado forte e comprador que está renovando a frota com a aquisição do 4º eixo em virtude de sua maior capacidade de carga e adaptação às necessidades operacionais”, analisa José Carlos Spricigo, presidente da entidade que congrega mamis de 160 fabricantes.

O dirigente também vê no aumento da locação de implementos mais um fator a impulsionar os negócios em 2023. “A indústria já identificou compras significativas para aluguel realizadas por várias empresas. ”

Considerando a somada de implementos leves e pesados, a indústria negociou 13.911 unidades em outubro, segundo melhor resultado mensal do ano, atrás apenas dos 14.850 produtos vendidos em março. Em setembro, foram entregues aos clientes 12,4 mil unidades.

Apesar dos bons números de outubro, o mercado ainda apresenta desempenho negativo em 2023. Nos dez primeiros meses, foram vendidas 125 mil unidades, 3% a menos do que em igual período do ano passado.

A queda pode ser creditada em boa medida ao segmento de leves — as chamadas carrocerias sobre chassi —, que recuou 16,1% até outubro, para 50,3 mil, enquanto os produtos pesados acumularam 74,8 mil unidades, 8,4% a mais na comparação anual, e respondem por 60% do total do mercado.

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“O mercado tem seus motores principais, como agronegócio e construção civil, mas outros segmentos, notadamente os ligados ao comércio urbano, não estão no mesmo ritmo”, justifica Spricigo, que espera a continuidade do processo de redução da taxa básica de juros até 11,75% no final deste ano.

De qualquer maneira, para alavancar ainda mais os negócios, aguarda mais: “Só a concessão de crédito mais barato não é impulsionador do mercado. É importante também criar condições para que as empresas reduzam seus níveis de inadimplência e endividamento”.


Foto: Divulgação

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Publicado por
Redação AutoIndústria

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