Indústria

Produção de veiculos leves cai 6,9%% em maio

Queda sobre abril contrasta com alta das vendas internas e exportações, refletindo demanda crescente por importados

Aprodução da indústria automotiva brasileira teve queda de 5,9% em maio sobre abril, com 214,7 mil e 228,2 mil unidades fabricadas nos respectivos meses. A queda é maior no caso dos veículos leves, da ordem de 6,9%, reflexo da participação crescente dos modelos importados no segmento.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 5, pelo presidente executivo da Anfavea, Igor Calvet, que seguiu chamando a atenção para o espaço que os modelos vindos de fora estão ganhando sobre os produtos nacionais.

No caso dos carros e comerciais leves, a produção foi de 199,5 mil unidades em maio, ante as 214,3 mil de abril. No acumulado do ano são 957,8 mil veículos leves fabricados no Brasil, ainda um crescimento de 11% sobre as 862,6 mil unidades dos primeiros cinco meses de 2024.

Considerando leves e pesados, a produção no acumulado deste ano chegou a 1.025.899 veículos, contra 926,8 mil no comparativo interanual, alta de 10,7%. O resultado refletiu positivamente no número de empregos, que teve expansão de 6 mil postos de trabalho em um ano.

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“Olhamos com preocupação a queda na produção em maio sobre abril, que contrasta com o crescimento de 8,1% nas vendas internas e de 11,3% nas exportações. Os importados tiveram participação de 59% na expansão mensal dos leves”, informou Galvet.

Em maio, a venda de carros e comerciais leves produzidos no Brasil até cresceu um pouco mais do que a de importados – 9,3% contra 6,8% -, mas no acumulado do ano os índices são de, respectivamente, 3,4% e 19,3%, com 743 mil emplacamentos de modelos nacionais e de 188 mil vindos de fora, principalmente da China.

Vieram do país asiático total de 58.118 veículos, expressivo crescimento de 35,9%. No ranking dos importados, a China só perde para a Argentina, que mandou 85,7 mil carros e comerciais leves para o Brasil.

“Nesse caso, contudo, temos acordo bilateral que garante troca de peças e de veículos, o que não acontece com a China”, destacou o presidente da Anfavea.

O executivo voltou a comentar sobre a vinda de marcas chinesas para o Brasil, dizendo não ser contra a produção inicial a partir de veículos desmontadosvio. Mas insistiu que a entidade é contra pleito feito pela BYD de redução de Imposto de Importação para unidades CKD e SKD

“Acreditamos que o governo brasileiro não vai reduzir essa alíquota. Isso iria contra os programas de incentivo à produção local, como o Mover e a Nova Indústria Brasil”, concluin.


 

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Publicado por
Alzira Rodrigues

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