Produção em cinco meses cresceu 5,6% devido a modelos destinados à distribuição urbana

Os fabricantes estão preocupados com os negócios com caminhões pesados. Responsável por mais da metade dos licenciamentos nos últimos anos, o segmento encolheu 14% nos primeiros cinco meses do ano e, apesar dos números positivos do agronegócio — destino da maioria das vendas — , convive com cenário de incertezas no segundo semestre, período normalmente responsável pela maior parte das vendas.
Diante desse quadro, as montadoras, algumas quase que integralmente dependentes dos caminhões pesados, têm desacelerado as linhas de montagem. Em maio, foram fabricados somente 6 mil unidades para o segmento, 10,6% a menos do que em igual mês do ano passado, informou nesta quinta-feira, 5, a Anfavea.
Esse é rigorosamente o mesmo índice da queda registrada de janeiro a maio e que limitou a produção a 28,3 mil unidades.
Ainda assim, os pesados representaram mais da metade do total de 55,1 mil caminhões produzidos no período, número 5,6% superior ao resultado de iguais meses do ano passado.
O saldo ainda positivo da produção no ano, contudo, deveu-se à montagem de produtos leves, médios e semipesados, que cresceu, respectivamente 6,7%, 187% e 32,5% e respondeu por 26,4 mil unidades fabricadas na soma das três categorias — 16,2 mil somente de semipesados, a segunda maior.
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Uma resposta ao crescimento demanda motivado pela maior movimentação na distribuição de cargas urbanas, segundo Marco Saltini, vice-presidente da Anfavea. Além de boa ajuda das exportações, que chegaram a 10,9 mil veículos, 88% a mais do que em 2024.
Somente em maio, foram fabricados 12,3 mil caminhões de todas as categorias, 10,3% acima de igual mês do ano passado. Os emplacamentos de 9,2 mil unidades no mês, entretanto, representaram queda de 4% na mesma comparação — com recuo de 1,1% ao longo de 2025.
“Apesar do bom resultado do PIB no primeiro trimestre, o que movimenta os negócios de transporte, os consumidores estão em compasso de espera por condições melhores de oferta de crédito e taxas mais atraentes”, analisa Saltini, que pondera que o desempenho de maio nem reflete ainda a questão do IOF, que tende a impactar os preços finais dos produtos, mas que espera que seja revista pelo governo.
Foto: Divulgação
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