Associação teme que importação de CKD e SKD com benefícios, sem proposições concretas em desenvolver a engenharia brasileira, gere prejuízos à produção local

A AEA, Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, emitiu nota oficial no final da tarde desta terça-feira, 29, mostrando preocupação quando à iminente decisão do Gecex (Comitê Executivo de Gestão da Camex) sobre a redução das tarifas de importação de kits CKD e SKD para 5% e 10%, respectivamente, para montagem de veículos eletrificados no Brasil.
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A reunião do Gecex-Camex, que acontece em Brasília nesta quarta-feira, 30, avalia pleito relativo a benefícios para importação de unidades desmontadas e semi-descomontadasa feito pela chinesa BYD, que investe em Camaçari, BA. Anfavea e quatro montadoras (Stellantis, GM, Volkswagen e Toyota) já se manifestaram contra a medida.
Abaixo, a íntegra do documento da AEA:
A discussão setorial relativa à vinda de novos OEMs no Brasil levanta uma questão que pode colaborar ou não para a continuidade do desenvolvimento e know-how do setor automotivo brasileiro. Diante da iminente decisão do Gecex (Comitê Executivo de Gestão da Camex), amanhã, 30 de julho, sobre a redução das tarifas de importação de kits CKD (Completely Knocked Down) e SKD (Semi Knocked Down), respectivamente de 5% e 10% aos veículos eletrificados, por três anos, a serem montados no País, a AEA manifesta preocupação quanto à ausência de proposições concretas das empresas pleiteantes em desenvolver a engenharia brasileira e, por consequência, a localização efetiva da produção, quando – em realidade – o País precisa incentivar a formação de técnicos e engenheiros, cenário que somente é possível com a atratividade do desenvolvimento local.
Entidade técnica mais importante do setor automotivo nacional, a AEA entende que a chegada de newcomers é bem-vinda, mas acompanhada de investimentos que possam atender ao tripé de fatores econômico, social e ambiental, traduzidos em desenvolvimento e crescimento do Brasil, empregabilidade e tecnologias avançadas de proteção ao meio ambiente.
Conduzida por representantes da indústria (montadoras e sistemistas), da academia e do Governo Federal, a AEA é defensora da engenharia automotiva nacional há mais de 40 anos, período em que sua participação foi determinante em todas as políticas públicas setoriais, elevando o Brasil a um dos polos produtivos de autoveículos mais expressivos do mundo.
Por este motivo, a AEA reforça seu compromisso de apoiar a cadeia de valores da engenharia e da indústria automobilística nacionais.
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