O objetivo é avaliar pleito da BYD sobre redução das alíquotas de importação de unidades CKD (Completely Knocked Down) e SKD (Semi Knocked Down) de veículos eletrificados para, respectivamente, 5% e 10%.
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Em entrevista concedida na segunda-feira, 28, o titular do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, lembrou que além do pleito da BYD sobre SKD e CKD tem também o da Anfavea com relação à antecipação do Imposto de Importação de 35% para os carros eletrificados.
Uma saída, segundo ele, seria atender as duas partes, ou seja, retomar de imediato a alíquota de 35% programada para entrar em vigência daqui a um ano e criar cotas para importação de CKD e SKD com imposto reduzido até 1º de julho de 2026.
“Não seria cota para uma empresa, mas sim para as que quiserem”, informou também vice-presidente da República, sem entrar em maiores detalhes
Alckmin fez questão de comentar que o Gecex da Camex é um colegiado formado por representantes de dez ministérios, dentre os quais os da Casa Civil, Fazenda, Planejamento e Relações Exteriores. Apesar de presidir o órgão, ele disse que a decisão será do colegiado e não deu mais detalhes sobre o que pode acontecer amanhã.
Importante lembrar que os presidentes da Stellantis, General Motors, Volkswagen e Toyota – Emanuele Cappellano, Santiago Chamorro, Ciro Possobom e Evandro Maggio – enviaram carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva alertando sobre o risco de as montadoras locais desaceleraram investimentos caso o pleito da BYD seja atendido.
“A possível aprovação de incentivos à importação de veículos SKD e CKD impacta a competitividade da produção local e reduz o valor agregado nacional, além de ameaçar empregos, inovação e a engenharia brasileira”, argumentam os representantes das gigantes brasileiras do setor automotivo.
Foto: Divulgação