Produzida na Argentina, chega ao mercado brasileiro no início do ano que vem

A quinta picape RAM a ser vendida no Brasil foi revelada na noite desta quarta-feira, 13, em São Paulo. Rede de mais de 140 concessionárias começará a vender a Dakota a partir do início do ano que vem, determinando a entrada da marca em nova categoria.
É o primeiro modelo RAM a ser fabricado na planta da Stellantis de Córdoba, Argentina, base produtiva também da Fiat Titano. Não se trata de qualquer coincidência.
A Dakota, assim como a Titano, tem projeto originado de parceria da Stelllantis com a chinesa Changan e que já resultou também no lançamento da Peugeot Landtrek em mercados sul-americanos.
Titano e Landtrek diferenciavam-se apenas pelos logotipos de cada marca e foram fabricadas no Uruguai pela Nordex, tradicional montadora local comprada em parte pela Stellantis no primeiro semestre do ano passado.
Desde o começo deste ano e dentro do atual ciclo de investimentos de US$ 385 milhões no país vizinho, a Stellantis passou a concentrar a produção de picapes médias em Córdoba.
A nova RAM, assim, nasce dentro de processo produtivo atualizado e já com as evoluções técnicas verificadas na Fiat Titano, que chegou ao mercado brasileiro no mês passado.
Na Dakota, porém, a RAM pretende elevar ainda mais a oferta de equipamentos, tecnologias e sofisticação para seguir em linha com a imagem de marca premium construída com as grandalhonas — e caras — 1.500, 2.500 e 3.500, importadas da América do Norte, e sustentada com a Rampage, produzida em Goiana, PE, também uma versão sofisticada da Fiat Toro.
A Dakota integrará a linha RAM exatamente como opção imediatamente acima da Rampage e abaixo das “full size importadas”, carregando um nome tradicional e que marcou curta trajetória da então picape Dodge fabricada pela Chrysler em Campo Largo, PR, entre 1998 e 2021.
Ela disputará a categoria de picapes de maior atratividade do mercado brasileiro e que reúne pelo menos sete modelos, entre nacionais e importados, com capacidade carga de ao menos 1 tonelada e estrutura construtiva de carroceria sobre chassi.
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Assim como as concorrentes, a nova RAM terá, pelo menos em uma versão, motor turbo diesel, o 2.2 Multijet de 200 cv já presente na Titano e em outros comerciais leves das marcas da Stellantis vendidos na América do Sul.
Com a imagem de produto premium e a depender da política comercial e dos preços, pode, sim, roubar vendas das coirmã Titano, mas também— e é o que mais interessa para a RAM — incomodar as líderes Toyota Hilux e Ford Ranger.
As concorrentes acumularam, respectivamente, 28,5 mil e 19 mil unidades licenciadas nos sete primeiros meses de 2025. Na terceira colocação aparece a Chevrolet S10 (16,4 mil unidades), seguida da Mitsubishi Triton (9,1 mil).
Com o reforço da versão argentina somente a partir de julho, a Titano teve 4,4 mil unidades negociadas no ano, mas ainda assim o suficiente para ultrapassar a Nissan Frontier e Volkswagen Amarok, dois tradicionais produtos da categoria.
No total, a RAM vendeu 15,9 mil picapes no Brasil em sete meses. Lançada em meados de 2023, a Rampage é o veículo líder.
Sozinha, a picape média somou 13,4 mil unidades e tem garantido à RAM a sétima colocação no ranking de marca de comerciais leves mais vendidas.
Segundo Herlander Zola, vice-presidente sênior comercial da Ram Brasil, a marca deve negociar cerca de 30 mil picapes no Brasil este ano.
Foto: Divulgação
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