Marca se beneficiou do crescimento do Tera, modelo mais vendido da categoria no mês

Os licenciamentos de utilitários esportivos, maior segmento de automóveis do mercado brasileiro, trouxeram importantes alterações no último mês. As duas maiores têm produtos Volkswagen como protagonistas.
Lançado há pouco mais de quatro meses, o Tera foi o SUV mais vendido em setembro. As 7,6 mil unidades representaram salto de mais de 80% frente ao resultado de agosto.
Desde que foi apresentado oficialmente, no fim de maio, o modelo já acumula 17,8 mil licenciamento e aparece imediatamente à frente do Renault Kardian e Citroen Basalt, concorrentes diretos lançados há mais de um ano.
O inegável sucesso do Tera, porém, em parte é motivo para a outra grande mudança no ranking do segmento e de alguma preocupação para a própria Volkswagen. O T-Cross, SUV mais vendido do País nos últimos dois anos, despencou em vendas, segundo a Fenabrave.
Ainda que à frente ao longo de 2025, somou apenas 4,7 mil unidades negociadas no mês passado, pior número desde as 4 mil de fevereiro de 2024. Foi apenas o nono modelo mais vendido.
O desempenho negativo é gritante frente a cenário anterior recente. Nos oito primeiros meses do ano, a média mensal de vendas superou 7,6 mil unidades e só em agosto haviam sido emplacadas 7,7 mil.
Estaria o Tera “roubando” clientela do irmão maior T-Cross? Fonte da montadora ouvida por AutoIndústria assegura que não.
O recuo do último mês, afirma, deveu-se a uma menor oferta do T-Cross devido a adequações na fábrica de São José dos Pinhais, PR, para incorporação de novo veículo na linha de montagem em breve.
Mas quando se olha o mix das versões vendidas do Tera é possível identificar que o SUV de entrada está, sim, avançando em faixa de preço onde o T-Cross tem boa parcela de seus licenciamentos.
A Volkswagen se disse mesmo surpresa com a demanda maior pela versão topo de linha, a Hight, que desde o início vem respondendo por 54% das vendas do modelo e mais da metade dos compradores dela optando pelo pacote Outfit Town Edition.
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De qualquer forma, a marca tem mais é que comemorar na soma comercial de seus utilitários esportivos. De janeiro setembro, considerando ainda os licenciamentos do Nivus e Taos, deteve 17,3% dos emplacamentos do segmento, mesma participação verificada após os oito primeiros meses do ano.
Ou seja, a queda do T-Cross foi absolutamente compensada com pelo avanço do Tera.
Jeep ameaçada
A segunda marca que mais vende SUVs no Brasil é a ex-líder Jeep. Com Renegade, Compass e Commander tem 11,3% de participação. Mas começa a ser assediada bem de perto pela Fiat, marca-irmã de Stellantis.
Impulsionados por suas versões híbridas, os dois únicos representantes da marca italiana, Pulse e Fastback, responderam 9,8% do total de 765 mil utilitários vendidos no mercado interno de janeiro a setembro.
Importante comparar e ter em mente: há um ano, com as mesmas linhas de produtos, a VW detinha 16,3% do segmento, a Jeep, 13,3%, e a Fiat os mesmos 9,8%.
Enquanto a Fiat assimilou a investida da concorrência com diversos lançamentos e sustentou sua fatia, a Volkswagen cresceu mais 1 ponto porcentual e a Jeep encolheu 2 pontos.
Portanto, a chegada de um novo produto, como o Avenger, previsto para o ano que vem e com produção confirmada na semana passada para Porto Real, RJ, nunca foi tão necessária e estimada pelos concessionários Jeep desde que o Renegade saiu da linha de montagem em Pernambuco, há uma década.
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