Queda das exportações para o mercado estadunidense em outubro e no ano reflete tarifaço de Trump

Segundo maior mercado das autopeças brasileiras no acumulado do ano, os Estados Unidos perderam a vice-liderança desse ranking para Singapura no balanço de outubro. As exportações foram de, respectivamente, US$ 138,2 milhões e US$ 83,1 milhões, com participações, pela ordem, de 15,8% e 9,5%.
No acumulado do ano os EUA se mantêm na segunda colocação, com a compra de US$ 1.007.100.881 (fatia de 14,2%), valor 10,8% inferior ao do mesmo período de 2024 (US$ 1.128.472.559).
No comparativo de outubro com o mesmo mês do ano passado, quando as exportações tinham alcançado US$ 99 milhões (veja tabelas abaixo), as vendas para o mercado estadunidense caíram 16,4%. Também houve queda sobre setembro, de 13%.
Esse recuo mensal e até mesmo o anual reflete o tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que já foi revisto para alguns produtos brasileiros, principalmente alimentos, mas ainda sem contemplar as autopeças.
Em agosto, após anúncio do tarifaço, o o presidente do Sindipeças, Cláudio Sahad, alertou para o risco de a indústria brasileira de autopeças ter suas exportações afetadas.
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O principal mercado das autopeças brasileiras é a Argentina, com total adquirido em outubro de US$ 274,3 milhões e, no ano, de US$ 2,66 bilhões, alta de 18,9% sobre 2024 e participação de 37,5%.
Na sequência do acumulado de janeiro a outubro vêm México, Alemanha, Chile e Colômbia, com Singapura aparecendo na 7ª posição. As exportações para lá atingiram US$ 186 milhões no ano, crescimento de 2.009% sobre 2024, conforme dados divulgados pelo Sindipeças nesta sexta-feira, 28.
De acordo com o relatório mensal da entidade, o déficit da balança comercial de autopeças em outubro atingiu US$ 1,2 bilhão, com total de US$ 12,9 bilhões no acumulado dos dez meses, expansão de 16,3% sobre o mesmo período de 2024 e “reflexo sobretudo do forte crescimento das importações e do desempenho relativamente mais fraco das exportações”.
As vendas externas cresceram 25,8% em outubro na comparação interanual, alcançando US$ 874,9 milhões, sendo o melhor resultado do ano. No acumulado, contudo, avançaram apenas 8,8%, passando de US$ 6,5 bilhões para US$ 7,1 bilhões.
“Mas esse ritmo se mostra insuficiente para compensar as importações, que cresceram 13,5% no mesmo período, de US$ 17,6 bilhões para US$ 20 bilhões no comparativo interanual”, revela o Sindipeças.
Do lado das importações, a China se destaca, respondendo por 18,6% do total de autopeças importadas, o que reforça sua forte presença no mercado brasileiro e sinaliza a necessidade de atenção redobrada para a indústria nacional.
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