Empresa

Volvo projeta alta de 30% nas vendas de caminhões

Com a expectativa do aumento da demanda, a fabricante reativa o segundo turno e contrata mais 250 colaboradores

Por Lael Costa

Com o reaquecimento da economia do País e, por consequência, maior necessidade por transporte, a Volvo inicia o ano com a estimativa de que o mercado de caminhões cresça 30% em 2018 sobre as 51.941 unidades vendidas no ano passado, negócios em torno de 69.000 caminhões

“A Fenatran não deixou mais dúvidas de que o País está no caminho da recuperação, de forma gradual, mas em recuperação”, observa Wilson Lirmann, presidente do Grupo Volvo América Latina. “As reformas estabeleceram perspectivas para o futuro, ainda que muitas delas pendentes. Mas já se vê o crescimento no emprego, a retomada do setor de serviços e, mais vez, a expectativa de uma safra agrícola robusta.”

Para dar conta do aumento da demanda por caminhões, Lirmann anunciou a reativação do segundo turno de produção na fábrica de Curitiba (SP), suspenso desde a segunda metade de 2015, e a contratação de mais 250 funcionários, em um primeiro momento temporários, para trabalhar na produção de veículos.

“As contratações são para responder à retomada do mercado de caminhões”, justifica Lirmann. “As entregas de pesados e semipesados, os segmentos nos quais a Volvo participa, deverão saltar de 33.000, em 2017, para 44.000 unidades.”

Lirmann acredita em mais um período de resultados positivos para a empresa, em continuidade do que colheu no ano passado. A montadora encerrou 2017 na liderança de vendas de caminhões pesados no País, com 26,9% de participação em mercado que somou 18.747 unidades, segundo dados da Anfavea.

Além de ter ocupado o topo das vendas, a marca contabilizou emplacamentos de 4.505 unidades do modelo FH no ano passado, crescimento de 27% em relação ao registrado no ano anterior.

Segundo Bernardo Fedalto, diretor comercial da montadora, foi o caminhão pesado mais vendido, embora a empresa considere a soma todas as versões da linha. “Os resultados mostram que o cliente tem valorizado tecnologia para atender às suas necessidades de transporte.”

Nas exportações também a empresa atravessou período profícuo no ano passado, com grandes entregas de ônibus urbano em mercados da América Latina.

Os embarques já representam 75% dos negócios de ônibus da Volvo. Em 2017, a companha entregou 1.055 chassis, dos quais 791 foram destinados a mercado internacionais, com destaque para países como Panamá, Guatemala, Peru, Argentina e Chile.

Segundo Fabiano Todeschini, presidente da Volvo Buses América Latina, esse ano promete mais oportunidades, especialmente para o segmento urbano. “Várias localidades estão no prazo limite para renovar suas frotas, casos de Transantiago, no Chile, Transmilenio, na Colômbia, além de cidades brasileiras como São Paulo, Curitiba e Manaus (AM).”

No caso dos embarques totais de caminhões e ônibus, o crescimento nas exportações da Volvo foi de 27,6%, para 10.336 unidades exportadas para outros países da América Latina. “Quebramos a barreira dos 10 mil, marco importante, trata-se de um terço de nossa capacidade alocada, mas ainda longe das 26 mil unidades entregues em 2011”, comemora Lirmann.

Segundo o presidente da Volvo, em virtude do aumento das exportações, a marca estabeleceu recordes de participações no ano passado. As remessas para o Chile somaram 1.012 veículos, o que permitiu fatia de 13% do mercado, para o Peru, as 1.450 unidades enviadas representaram participação de 26% e, na Argentina abocanhou 10% com os 1.825 veículos embarcados.

Apesar da dificuldade enfrentada nos últimos anos, a Lirmann reafirmou a manutenção do investimento de R$ 1 bilhão para a região da América Latina anunciado no ano passado, a ser aplicado até 2019.


Foto: Grupo Volvo América Latina

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Décio Costa

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