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McLaren faz “megarrecall” de 2,8 mil esportivos por risco de incêndio

Número equivale a mais da metade da produção anual da marca inglesa

Acontece nas melhores e mais abastadas famílias, porque não? A britânica McLaren Automotive, conhecida pela histórica presença na F-1 e nas últimas duas décadas também pela linha de carros superesportivos, está convocando  recall de quase 2,8 mil veículos fabricados nos últimos quatro anos. Motivo: risco de incêncio!

O que para uma grande montadora global não mereceria nem registro no estoque, no caso da McLaren, cujos modelos custam sempre na casa de milhões de reais, trata-se de um megarrecall. Isso porque, mediamente, a empresa produz perto de 5 mil veículos a cada ano. É, portanto, como se uma Toyota convocasse uns 4 milhões de  veículos para reparo.

A McLaren identificou que espuma aplicada sob o tanque de combustível para atenuar ruídos e vibrações pode reter umidade, o que, ao longo do tempo, pode provocar corrosão do tanque e consequente vazamento de combustível.

Estão envolvidas unidades do modelo 720 S fabricadas de 2016 a 2020, dos GT  ano 2020, do 570 GT de 2017 a 2019, e do exclusivíssimo modelo Senna montadas no ano passado.

Já foram vendidos  52 esportivos no Brasil, desde que o Grupo Eurobike inaugurou showroom da marca inglesa em São Paulo, há exatos dois anos — 8 unidades negociadas em 2020. O modelo mais vendido em 2019 foi o 720S Coupé, com seis unidades negociadas, seguido do 600 LT Coupé, com quatro emplacamentos.

O mais recente lançamento, o GT, chegou ao Brasil no fim de novembro. Em fevereiro, a empresa entregou o único Senna GTR vendido na América Latina, carro homologado apenas para pista, com produção mundial limitada a 75 unidades e que custa algo como US$ 1,4 milhão no exterior.

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Procurado por AutoIndústria, a importadora disse não ter sido informada oficialmente do recall e que não há ainda qualquer informação no site global da empresa. Emitiu a seguinte nota:

“A McLaren Automotive faz um monitoramento contínuo de qualidade dos seus produtos e faz intervenções sempre que essa necessidade é detectada pela fábrica. Como importadora oficial da marca, a McLaren São Paulo está atenta e alinhada com as recomendações recebidas da Inglaterra. Estamos seguindo os protocolos da McLaren, inclusive sobre a divulgação de informações”

* Texto atualizado às 16h20

 


Foto: Divulgação

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Publicado por
Redação AutoIndústria

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