Sete países da região que recebem o SUV do México e Tailândia devem ser abastecidos pela fábrica de Resende
ANissan do Brasil acaba de receber sinal verde da matriz japonesa para exportar o Kicks produzido em Resende, no sul-fluminense, para países da América do Sul que atualmente são abastecidos pelas fábricas do México e da Tailândia.
Com a desvalorização do real, o produto nacional ganhou competividade e pode atender outros mercados além do argentina, o único que recebe o Kicks brasileiro no momento. A informação é do presidente da Nissan do Brasil, Marco Silva, que concedeu entrevista online para um grupo de jornalistas nesta quarta-feira, 28, após o lançamento oficial do novo Versa no País.
“Com a valorização do dólar, o Brasil está muito competitivo”, garantiu Silva, destacando que o Kicks poderá ser eportado para outros sete países da região além da Argentina – Bolívia, Chile, Costa Rica, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai -, que hoje já recebem o V-Drive, versão antiga do Versa produzida em Resende.
O presidente da Nissan também falou de planos de novos produtos para o País, confirmando entre eles o novo Kicks no próximo ano fiscal da empresa que começa em abril. Com relação a investimentos, informou que haverá uma reunião global da Aliança Renault-Nissan que definirá as novas plataformas conjuntas para a região das Américas, incluindo o Brasil.
“A partir dessa reunião, que deve ocorrer em breve, será possível definir quem faz o que e onde e, em consequência, o plano de investimento para o País. O projeto está em fase final de avaliação e deveremos ter novidades no final do primeiro trimestre de 2021”, explicou Silva.
Sobre a pandemia e seus reflexos no setor automotivo, o presidente da Nissan reconheceu que a retomada do mercado está mais acelerada do que o previsto antes, mas falou das limitações para ampliar produção, dentre as quais a questão do distanciamento social e a falta de matéria-prima.
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A fábrica de Resende retomou produção no dia 24 de junho, quando cortou um turno de trabalho e demitiu 390 trabalhadores. Antes a empresa produzia 40 veículos/hora em dois turnos e agora faz 31 em um turno só.
Foto: Divulgação/Nissan
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