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Metalúrgicos intensificam protestos contra saída da Ford do Brasil

Sindicato de Taubaté adianta que o processo de negociações com a montadora, iniciado nesta segunda-feira, deve ser longo

Os Sindicatos dos metalúrgicos de Camaçari, BA, e Taubaté, SP, aproveitaram o início das negociações com a Ford, que tem por objetivo definir indenizações e produção de peças remanescente para abastecer o mercado de reposição, para divulgar nesta segunda-feira, 18, uma agenda de mobilização para os próximos dias.

No caso de Camaçari, está agendado para terça-feira, 19, uma reunião com embaixadas da Índia, Coreia e Japão para buscar empresas interessadas em assumir o parque industrial deixado pela Ford na Bahia, além de um encontro com o Ministério Público do Trabalho, na quarta-feira, 20, para debater a situação dos demitidos.

“Precisamos fortalecer a união e unidade para conseguir superar esse momento dramático que envolve o emprego de milhares de trabalhadores e trabalhadoras”, comentou o presidente do Sindicato de Camaçari, Júlio Bonfim. “Estamos buscando todas as formas e instâncias para assegurar direitos e empregos”.

Sobre a reunião desta segunda-feira, 18, o presidente do Sindmetau, Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região, Cláudio Batista, informou que esse será apenas o primeiro contato para organizar um canal e um calendário de negociação. A montadora confirmou o encontro, mas já adiantou que “no momento não tem nada adicional para anunciar”.

De acordo com Batista, o processo de negociação deverá ser longo. “Os trabalhadores têm a seu favor um acordo de estabilidade válido até dezembro de 2021”, lembrou o sindicalista.

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Os metalúrgicos de Taubaté iniciaram nesta segunda-feira um protesto em frente à fábrica, com a colocação de uniformes no alambrado que cerca o parque industrial para simbolizar os empregos e as famílias que a Ford colocou em risco com o abrupto fechamento das suas operações brasileiras.

Segundo o Sindmetau, os trabalhadores escreveram nas camisas frases de protesto e o nome de familiares. “Queremos mostrar para sociedade a quantidade de famílias, de dependentes que cada funcionário tem. É uma forma de mostrarmos para a diretoria da Ford o impacto que eles estão causando na vida das pessoas”, comentou Alexandre Santos Geraldo, que trabalha no setor de qualidade da daquela unidade industrial.

Após o protesto, houve uma assembleia que definiu os próximos passos do movimento contra a decisão da Ford de deixar o Brasil. Na terça-feira, 19, o Sindmetau e o Sindicato dos Metalúrgicos de Horizonte, CE, onde a empresa mantém a fábrica do Troller, estarão reunidos com o MPT, Ministério Público do Trabalho, e na quarta-feira, 20, será realizada uma audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

Na quinta-feira, 21, será o Dia Nacional de Mobilização pelos trabalhadores na Ford, com manifestações em frente às concessionárias da montadora. Na sexta-feira, 22, haverão assembleias tanto em Taubate como em Camaçari. Para a próxima semana, no dia 26, o Sindmetau programa uma audiência pública na Câmara dos Deputados em Brasília.

 


Foto: Divulgação/Sindmetau

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Publicado por
Redação AutoIndústria

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