Em cinco meses, apenas 17% dos emplacamentos foram de unidades produzidas em 2023
Aprodução de caminhão em maio até apresentou um ritmo mais animado em relação em abril ao anotar quase 8,4 mil unidades fabricadas, volume que representou alta de 15,7%.
O esforço, no entanto, ainda do desempenho que apresentava no ano passado. No confronto com maio de 2022, quando a indústria registrou 13,9 mil caminhões, a queda chegou a 39,8%.
Com desempenho parcial do mês passado, o acumulado do ano somou 40,1 mil caminhões, retração de 31,3% em relação aos 58,4 mil produzidos nos cinco primeiros meses de 2022.
Aumento dos preços de caminhões esfriou a demanda
“A produção ainda segue muito baixa, apesar do crescimento mensal em maio”, lamentou Gustavo Bonini, vice-presidente da Anfavea, durante apresentação do balanço do setor automotivo, na terça-feira, 6. “A introdução da fase 8 do Proconve em janeiro ainda afasta o transportador.”
Cabe lembrar que com adequação dos caminhões às normas do Proconve P8, equivalente ao Euro 6, em vigor desde 1º de janeiro, promoveu aumentos entre 15% e 20% nos preços dos veículos.
Levantamento da Anfavea dimensiona o quanto a queda na demanda tem desafiado as linhas de produção. Em mercado de 44,6 mil caminhões emplacados de janeiro a maio, somente 7,6 mil foram produzidos em 2023, ou seja, 17% do volume entregue. “A participação dos Euro 6 já deveria ter superado os 35% das vendas”, avaliou Bonini.
Apenas 6,5% dos chassis vendidos foram produzidos em 2023
No segmento de ônibus, o cenário apresentado não é diferente. De abril para maio, a produção de chassi cresceu 19,6%, para 1,9 mil unidades. O volume anotado, no entanto, representou queda de 35,4% em relação a maio de 2022, quando saíram das linhas pouco mais de 3 mil unidades.
No ano, a produção chegou a perto de 7,6 mil unidades, em baixa de 26,6% na comparação com o acumulado de um ano atrás, quando produziu 10,3 mil chassi.
No segmento, apenas 621 unidades das 9,5 mil unidades negociadas nos cinco primeiros meses foram produzidas em 2023, o que representou participação dos Euro 6 de 6,5%.
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Foto: Volvo/Divulgação
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