Mercado

Fenabrave revisa projeções com um crescimento de 11% em 2023

Novas estimativas sinalizam que somente o segmento de caminhões fechará o ano em queda

A Fenabrave refez as projeções de venda de veículos para 2023 com um desempenho bem superior à percepção que tinha no começo do ano. Se antes apontava uma alta de 3,3% nos emplacamentos totais, considerando automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas e implementos rodoviários, agora espera um crescimento de 11%, para 3,94 milhões de licenciamentos.

Para a federação que reúne as concessionárias, as estimativas de agora foram ajustadas a uma nova realidade econômica. Pesaram no estudo expectativas de crescimento do PIB em torno de 3%, continuidade na redução da Selic, que deverá chegar a 11,25% no fim do ano, inflação sob controle e próxima da meta, por volta de 5%, e alta no volume de crédito para 4,3%, embora ainda apresente pouca liquidez.

“Estamos otimistas. O segundo semestre costuma ser melhor que o primeiro. Também há uma perspectiva que promete previsibilidade, com a reforma tributária e o programa a ser anunciado para o setor”, resumiu Andreta Jr., presidente da Fenabrave, referindo-se ao Mobilidade Verde, nova política setorial que substitui o Rota 2030.

LEIA MAIS

→Fenabrave desconversa sobre prazo de entrega de estudo ao governo

→Anfavea e Fenabrave discutem mudanças na distribuição

→Fenabrave quer mais incentivos e entregará proposta ao governo em breve

Ao considerar o cenário, a federação passou a estimar uma expansão de 7,3% nos emplacamentos de automóveis e comerciais leves, para 2,1 milhões de unidades, enquanto anteriormente sinaliza um empate com 2022. A Fenabrave coloca na conta da expansão o programa de descontos do governo, ainda que tivesse sido temporário, além do aumento de compras corporativas.

Pelas novas perspectivas, o segmento de caminhões será o único a registrar queda. Se a federação esperava nenhum crescimento, agora vislumbra baixa de 23%, com 96 mil emplacamentos. Segundo a Fenabrave, a mudança de legislação ambiental de Euro 5 para Euro associada às restrições de crédito explicam o declínio.

Ao contrário de caminhões, o segmento de ônibus segue contínua recuperação, embora percorra trajetória com volumes menores. No cenário há aumento da demanda nas aplicações rodoviárias e de fretamento, além das compras governamentais via Caminho da Escola. Com isso, a entidade revisou a expansão de 4,5% para 18%, com 26 mil unidades.

Na estimativa dos emplacamentos de motocicletas, a Fenabrave entende que o segmento passa por um dos seus melhores momentos. Para a federação, ocorreu uma mudança de comportamento no pós-pandemia que priorizou o transporte individual, bem como impulsionou os serviços de entregas. Se o início do ano a estimativa era de um crescimento de 9%, agora, a perspectiva é de 20%, para 1,63 milhão de licenciamentos.


Foto: Fenabrave/Divulgação

Últimos posts por Décio Costa (exibir todos)
Compartilhar
Publicado por
Décio Costa

Notícias recentes

Toyota nomeia Maurilio Pacheco para diretor comercial

Montadora promove outras três alterações em sua estrutura diretiva

% dias atrás

2026: ano de eleições, da Copa…. e dos híbridos nacionais, com etanol.

Apesar de preverem mercado estável, executivos confirmam lançamentos com novas tecnologias

% dias atrás

Número de veículos financiados é o maior em 11 anos

Foram mais de 6,6 milhões de transações entre automóveis, comerciais leves e pesados e motos

% dias atrás

Consórcio de veículos movimenta R$ 200 bilhões no ano

Único segmento com queda na venda de novas cotas foi o de pesados, justamente o…

% dias atrás

Cintos de segurança: primordiais para evitar mortes em estradas

Multas ainda são volumosas pela falta de uso; Ford, Renault e VW sinalizam os lançamentos…

% dias atrás

Volkswagen encerra a produção da fábrica de Dresden

Pela primeira vez, nos 88 anos de sua história, fabricante fecha uma unidade fabril na…

% dias atrás