Dois dias depois de anunciar prejuízo de US$ 4,6 bilhões e  a adoção de plano de reestruturação mundial que prevê fechamento de sete fábricas e a demissão de 20 mil trabalhadores até 2027, a Nissan admite outra medida importante para melhor aproveitar sua estrutura produtiva e reduzir custos no curto prazo.

Nesta quinta-feira, 15, o CEO Ivan Spinosa admitiu que, enquanto reorganiza seus negócios, a montadora pode compartilhar suas fábricas ao redor do mundo com a Dongfeng, parceira de joint venture na China.

Em declaração em congresso automotivo promovido na Inglaterra, Spinosa descartou a fábrica local de Sunderland, a maior da montadora na Europa, como uma das unidades que serão fechadas, medida que reduzirá em 20% a capacidade produtiva mundial da Nissan.

O executivo, alçado a CEO no começo de abril, também não revelou onde serão eliminados 11 mil postos de trabalho nos próximos dois anos — já que 9 mil já foram anunciados no fim do ano passado. O número total equivalente a 15% do quadro mundial de 133,5 mil  funcionários da montadora

Ivan Spinosa Nissan

Spinosa: ideias na mesa.

 

A reestruturação que agora começa a ser encaminhada pelo mexicanos Spinosa se dá após o fracasso nas negociações para parceria ou fusão com a Honda, encerradas no começo deste ano, e da saída de Makoto Uchida, seu antecessor.

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Ao ser questionado sobre a parceria com a Dongfeng, o executivo não negou qualquer possibilidade. “Está tudo na mesa. Podemos alavancar nosso trabalho conjunto fora da China, convidando [a Dongfeng] a participar de nossos ecossistemas de produção.”

Os laços entre as duas empresas são grandes e antigos. Há 20 anos, as empresas produzem juntasna China. A futura picape Nissan Frontier híbrida (foto) , apresentada no Salão de Xangai, no mês passado, nada mais é do que versão do modela V9,  modelo já lançado pela Donfeng no começo deste ano.


Foto: Divulgação

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