A indústria de implementos rodoviários registrou queda de 2,43% nas vendas de implementos nos primeiros cinco meses do ano. Foram entregues 60.495 contra os 62.185 de igual período de 2024.

Há um contraste acentuado, contudo nos negócios do setor. Enquanto o segmento de pesados recuou 18%, baixando de 37 mil para 30,3 mil unidades no mesmo comparativo, o de leves cresceu 20,6%, de 25  mil para 30,1 mil. 

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Ou seja, houve recuo da participação dos pesados, que este ano praticamente se igualaram em volume ao de leves. No caso dos pesados, duas das três linhas de reboques e semirreboques de maior volume de vendas estão com resultado negativo.

A queda é de 38,52% nos graneleiro/carga seca e de 36,48% na categoria de basculante. Já a terceira linha de pesados, a de baú/carga geral, tem curva positiva de 41,77%.

Ao divulgar os dados de maio e do acumulado de 2025, a Anfir, Associação  Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, destacou o baixo desempenho do setor industrial, que segundo o IBGE aumentou apenas 0,1% em abril, e também a queda de 1,6% nas vendas de milhões nos primeiros cinco meses do ano.

“O momento para o setor é muito difícil porque nenhuma medida foi tomada em favor dos negócios e estamos convivendo com um cenário macroeconômico bastante desfavorável “, diz José Carlos Sprícigo, presidente da Anfir, referindo-se aos juros altos e o recente aumento do IOF, que afastam investimentos e trazem insegurança para os transportadores.

Com relação ao segmento de leves, o empresário comenta que os números positivos refletem o crescimento de alguns segmentos industriais que beneficiam determinadas famílias de produtos, caso dos furgões de carga geral de frigorificados.

Por conta dos números do acumulado até maio, a Anfir segue com sua previsão de desempenho para o setor em 2025: “Mantemos nossa de queda de até 18% nos pesados, com algo em torno de 70 mil a 74 mil, e de crescimento de 15% nos leves, com, cerca de 80 mil unidades”, conclui Spricigo.


Foto: Divulgação/Randon

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