Diretor de Vendas, Fernando Silva, revela que novo SUV gerou maior fluxo nas concessionárias e aumento das vendas do Polo e do Nivus

Anotícia da venda recorde de 12 mil Tera em 50 minutos na noite do dia 5 de junho foi divulgada com alarde pela Volkswagen, que preparou o lançamento comercial ao longo de seis meses, envolvendo as 472 concessionárias da marca. Foi tudo cuidadosamente planejado, com o envio de quase 5 mil convites físicos para que os clientes participassem do Open Door.
As lojas receberam 63 mil clientes, 13 mil a mais do que os 50 mil previstos. Os pedidos foram efetivados em menos de 1 hora, mas a entrega de 11 mil Tera levará de 30 a 60 dias e do restante até 90 dias. Ou seja, quem pensar em comprar o SUV compacto da Volkswagen hoje, só verá o veículo daqui três ou quatro meses.
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Mas o novo modelo gerou o que a própria Volkswagen chama de “efeito Tera”. Um aumento expressivo no movimento das concessionárias da marca, com maior demanda por produtos da marca, como Polo e Nivus, que têm entrega imediata.
Com produção de 6 mil unidades/mês na fábrica de Taubaté, a montadora não revela se há intenção de ampliar esse volume e quando. “É uma questão estratégica”, diz o diretor de Vendas da Volkswagen do Brasil, Fernando Silva, lembrando que qualquer decisão nesse sentido leva de 90 a 120 dias para ser operacionalizada.
Diante da oferta aquém da demanda, a montadora nem lançou ainda a campanha publicitária do novo modelo, o que normalmente ocorrre por ocasião do lançamento público. “Está tudo pronto. Mas como o retorno das ações de vendas, marketing e comunicação foram super eficientes vamos aguardar o momento certo para colocar a campanha noar”.
Enfim, o que não falta de momento são motivos para comemorar, deixa claro o executivo, ao citar dois dados que claramente surpreenderam a fabricante. Do total de quase 14,8 mil unidades vendidas até agora — exatas 12.296 no Open Door e mais 2,5 mil até a semana passada —, 51% dos que compraram o Tera vieram de outras marcas. E 57% tinham até então um hatch.
Nessa primeira leva de venda, 54% foram da versão topo de linha, a Hight, incluindo as unidades com o pacote Outfit Town Edition. A versão de entrada MPI, com câmbio manual, respondeu por apenas 9% e a TSI,por 13%. As demais são da configuração Confort.
Em entrevista a um pequeno grupo de jornalistas nesta segunda-feira, 23, na fábrica de São Bernardo do Campo, o diretor de Vendas também fez questão de destacar a harmonia e a integração no trabalho de todas as equipes envolvidas no projeto Tera.
O lançamento foi feito em etapas, com a primeira ação no Rock in Rio no ano passado, quando o modelo foi apresentado de forma camuflada. Por inteiro, ele foi mostrado no carnaval carioca e o lançamento oficial aconteceu na Oca, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, no dia 25 de maio.
“Nós fizemos uma live com as concessionárias no dia 20 de maio, preparando um lançamento público que garantisse atendimento idêntico em toda a rede, com detalhes mínimos, como o coquetel autoral do Tera servido em todas as lojas no mesmo horário. Geramos 3 milhões de leads durante o Open Door, dos quais 1 milhão nos canais da montadora”, detalha Silva.
Todo esse trabalho já se refletiu no balanço de vendas da primeira quinzena deste mês, quando a Volkswagen atingiu 19,5% de participação, índice bem próximo ao da líder Fiat.
E os planos para o Tera seguem ousados: “Até o final do ano queremos que o nosso novo SUV esteja no Top 5 do ranking de modelos”, informou o diretor de Vendas, destacando desempenho positivo da marca este ano nas vendas de varejo, que na média do mercado caíram 3,9% até a última sexta-feira.
Fotos: Divulgação/VW
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