Máquinas

Estudo inédito disseca o segmento de máquinas agrícolas

Estimativa de que no Brasil há 1,6 milhões de unidades em operação com idade média de 15 anos

A não obrigatoriedade de licenciamento de máquinas agrícolas deixa o setor na penumbra a respeito de informações estratégicas para tomada de decisões em toda a cadeia, do fabricante e fornecedor ao agricultor.

O Panorama de Máquinas Agrícolas no Brasil, recente trabalho encabeçado pela consultoria Boschi Inteligência de Mercado [BIM]³, fornece luz em uma ampla radiografia a partir de máquinas autopropelidas – tratores, colheitadeiras e pulverizadores -, ponto de partida para investigar outras dimensões do negócio.

“Há diferentes comportamentos de compra da máquina. A cultura da soja exige um tipo, a de milho, outra. Também influi a região do País, o tamanho de propriedade, a necessidade de crédito, a manutenção, bem como peças de reposição”, resume Luis Vinha, sócio-diretor da [BIM]³. “O estudo traz informações fundamentais para compreender o presente e projetar o futuro.”

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O trabalho estratifica pesquisa com 700 participantes, 80% de maneira presencial. São proprietários de áreas de 10 hectares a acima de 1.000 ha e produtores de diversas culturas, mas com predominâncias de milho e soja.

Ao ponderar as informações, o estudo estima que há no País uma frota de máquinas circulante superior a 1,6 milhão e previsão de crescimento de 6% até 2030, para próximo de 1,8 milhão de unidades. A investigação dá conta de uma idade média 15 anos, sendo os tratores os mais envelhecidos, 17,8 anos.

“Isso nos diz que pulverizadores e colheitadeiras são máquinas mais ligadas à produtividade e eficiência, portanto mais novas e ganhando cada vez mais espaço. Também ajuda a cadeia para planejar fornecimento de peças e partes”, observa Vinha.

O estudo ainda permite entender preferência de marca das máquinas, além da tendência em terceirização ou locação. Máquinas de maior valor fazem o produtor buscar soluções alternativas opostas à aquisição.

Uma tendência fica clara no trabalho: o movimento de renovação da frota. De acordo com as respostas, 55% têm intenção de investir uma nova máquina nos próximos dois anos, com o trator liderando a pretensão, seguido pelas colheitadeiras e pulverizadores.

Uma parte significativa do estudo está disponível aqui.


Foto: Divulgação New Holland

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Décio Costa

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