Sem motores, produção de veículos já está paralisada em Sorocaba. Empresa negocia férias coletivas e lay-off.

A Toyota ainda não confirma oficialmente, mas a produção de motores e veículos no Brasil não deve ser retomada pelo menos até o início do ano que vem, segundo representantes dos metalúrgicos.
A quase total destruição da fábrica de motores de Porto Feliz, SP, já resultou também na interrupção por tempo indeterminado da linha de montagem da vizinha planta de Sorocaba, de onde saem veículos para o mercado interno e exportação.
Na quarta-feira, 24, a empresa se reuniu com os sindicatos do metalúrgicos da região onde estão as duas unidades produtivas para discutir o difícil quadro que terá nos próximos meses.
O encontro teve como prioridade a análise de alternativas para garantir a preservação dos empregos. Somando as duas unidades, a montadora conta com cerca de 4,5 mil funcionários.
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Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba, Celso Simomura, responsável pela gestão de Recursos Humanos da Toyota, afirmou: “Ainda não temos uma previsão para o retorno das atividades e o levantamento completo dos danos. A fábrica foi muito prejudicada, inclusive a parte estrutural”.
Após o encontro, Leandro Soares, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região, afirmou que “é bem provável que a Toyota não volte a produzir este ano, devido ao tamanho do prejuízo”.
Em Sorocaba e Indaiatuba, a Toyota produziu no Brasil 202,5 mil veículos em 2024, quarto maior volume ao longo de sua história de 66 anos no Brasil. Mais de um terço do total, 68,4 mil veículos, foi exportado. Este, ano, até julho, a operação brasileira já tinha fabricado 119 mil unidades, segundo balanço mundial da montadora.
Concessionárias já alertam consumidores
Com produção sempre atrelada à demanda, a Toyota não costuma ter grandes estoques de veículos, seja na fábrica, seja na rede de concessionárias. Assim, o ritmo de vendas da marca deve desabar já a partir dos próximos dias.
Consultadas por AutoIndústria, nesta quinta-feira, 22, concessionárias afirmaram que a própria montadora já informou a rede de revendas que não poderá entregar modelos de produção nacional pelo menos nos próximos quatro meses.
“Podemos oferecer somente picapes Hilux e o SW4, que são fabricados na Argentina”, afirmou o gerente de revendedora que tem várias lojas da Toyota no Estado de São Paulo e que, para pronta-entrega, só dispunha da versão híbrida do Corolla Cross, a mais cara, e ainda assim poucas unidades.
Foto: Divulgação
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