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ZF nacionaliza câmera frontal para veículos leves

Projeto visa acelerar popularização de sistema de segurança ativa no País

A ZF deixa de importar câmeras frontais inteligentes para localizar produção na unidade de Limeira (SP). O projeto, resultado de investimento de R$ 35 milhões coloca a fornecedora de sistema como pioneira na região da América do Sul a oferecer o componente a partir de linha nacional.

Mais que importante que o pioneirismo, no entanto, a inciativa se apresenta como catalisadora para popularizar sistemas de segurança ativa na produção de veículos, como ADAS.

A linha, transferida para o interior de São Paulo de uma unidade da empresa nos Estados Unidos, surge com capacidade instalada de 900 mil câmeras por ano e área reservada para eventual necessidade de aumento. Pelos cálculos da empresa, 40% da produção nacional de veículos leves saem de linha com câmera frontal e, segundo estimativa, deverá chegar a participar com 78% até 2030.

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“Decidimos apostar no futuro para atender um mercado em transformação. Assim, também antecipamos legislações que impulsionarão inovações”, resume Carlos Delich, presidente da ZF América do Sul.

A produção com começa com câmeras da chamada geração 3.5 com poder de 36 quadros/segundo, resolução de imagem de 1,3 megapixel, ângulo de visão de 52° e detecção de faixa a 150 metros. A partir de 2026, porém, também entra em produção a geração 4.8, que amplia capacidade para 1.7 megapixel, 100º o ângulo e identifica a faixa a 170 metros.

Conforme pedido da montadora, a câmera permite a configuração de pacote de funções, desde básicos, como assistente de manutenção de faixa às mais robustas como frenagem de emergência, detecção de pedestres e placas de velocidade, controle de velocidade adaptativo e farol alto automático.

“É uma câmera que vê e pensa. Os atuadores reagem às decisões dela”, exemplifica Plinio Casante, head da Divisão de Eletrônicos da ZF América do Sul. “Os sensores de alta resolução agem inclusive sem necessidade da informação de radares”.

Casante entende que com a produção local das câmeras não só potencializa a redução de acidentes no País, como também oferece às montadoras obter benefícios fiscais, além de eficiência financeira e logística. “O negócio fica menos exposto a câmbio e tributos, bem como novos projetos ganham agilidade.”

A produção nacional das câmeras começa a ser entregues aos clientes em novembro, fabricantes que a ZF prefere manter em sigilo. “Mas há uma clara percepção de aumento de pedidos com as contações que vem ocorrendo. Depois, a concorrência chinesa, que chega com veículos completos, também deve impulsionar os contratos de fornecimento”, lembra Delich.


Fotos e vídeo: Divulgação ZF

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Décio Costa

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