Empresa avalia possibilidades, o que inclui parcerias, e projeta 50 mil unidades vendidas em 2026

A Omoda & Jaecoo terá operação industrial no Brasil até meados de 2026. Quem garante a informação sobre essa nova e mais importante etapa da empresa chinesa é ninguém menos que o CEO Shawn Xu, que está na Brasil para o lançamento de mais dois produtos.
Após apresentar, em evento na noite desta quarta-feira, 29, em São Paulo, os híbridos Omoda 5 e Omoda 7, Xu não fugiu do principal tema que ainda cerca a operação inaugurada no começo deste ano e que reúne duas das marcas da Chery.
Questionado sobre quando, efetivamente, a prometida produção local sairá do papel, assegurou que até metade do ano que vem estará montando os primeiros veículos no País.
Foi além e antecipou, citando o know-how adquirido pela controladora Chery com o Grupo Caoa em Anápolis, GO: “Teremos motor híbrido flex plug-in em mais um ano”.
A objetividade de Xu, porém, escapa no momento de responder sobre de qual instalação industrial sairão os carros da marca. “Estamos avaliando muitas possibilidades ainda, inclusive com parceiros”, desconversou, também sem informar qual ou quais carros ganharão a etiqueta de produto brasileiro.
Pela projeção de vender 50 mil veículos no ano que vem no mercado interno — pelo menos cinco vezes mais do que neste primeiro ano — e pelo próprio prazo exíguo anunciado para o começo da montagem, é natural que a O&J comece sua trajetória de fabricante local com montagem CKD e estrutura já disponível de alguma empresa. Ganha-se tempo com menos custo em uma primeira etapa.
A fórmula parece ser a “bola da vez” das marcas chinesas entrantes, como a Geely na planta paranaense da Renault, e até mesmo de montadoras tradicionais, como a GM, que montará o SUV elétrico Spark na fábrica da Comexport no Ceará, também a partir de kits trazidos da China.
Mas Xu sinaliza, de qualquer forma, que o projeto para o Brasil deve ir além da montagem de veículos trazidos de fora semi ou totalmente desmontados.
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A estratégia mundial da empresa, afirma, é dispor de fabricação com o maior número de etapas do processo produtivo de uma montadora nos maiores mercados ou regiões, desde que comercialmente viáveis, e conteúdo local.
Ele cita o exemplo da recém-iniciada operação europeia, que elegeu a unidade de Barcelona, na Espanha, para a abastecer vários países no entorno. Ao Brasil caberá papel similar com a América Latina, admitiu o CEO.
Xu nem ao menos citou a desativada fábrica da Caoa Chery em Jacareí, SP, e sobre qual recaem os maiores rumores de que será a escolhida para sediar a futura operação fabril.
Mas o executivo reconheceu que a montagem em empresa parceira pode ser solução apenas inicial e temporária, enquanto a definitiva, como a construção e até aquisição de uma planta já existente não estiver selada.
Foto: AutoIndústria
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