A Volkswagen anunciou nesta sexta-feira, 31, decisão estratégica que colocará a marca em outro patamar de eletrificação na América do Sul.

Em cerimônia com a presença de Geraldo Alckmin, ministro da Indústria, Comércio e Serviços, a montadora revelou que todos os veículos que desenvolver e produzir na região, a partir de 2026, terão ao menos uma versão híbrida.

A empresa confimou para a pioneira planta Anchieta, em São Bernardo do Campo, SP, um híbrido HEV flex sobre a plataforma MQB37, que também é novidade no Brasil. Antes dele, contudo, a montadora lançará um híbrido leve, cujo local de produção não revelou, mas que não será no ABC paulista. Ou seja, sobram Taubaté, SP, onde é produzido o Tera, e São José dos Pinhas, PR.

A aceleração do programa de eletrificação da frota sul-americana da marca, que também terá híbrido plug-in, conta com linhas de crédito de R$ 2,3 bilhões do BNDES e que resultarão também em ampliação das exportações, antecipou a montadora, já a maior exportadora do setor, cujos embarques cresceram 43% de janeiro a setembro deste ano.

Ciro Possobom

O aporte da linha “Mais Inovação” do BNDES também contemplará o desenvolvimento de sistemas de auxílio à condução, conhecidos pela sigla em inglês ADAS, e conectividade para infotainment.

O atual ciclo de investimentos da empresa vai até 2028, com R$ 20 bilhões para a América do Sul e previsão de lançamento de 21 veículos até lá— dez deles já apresentados.

Participaram da solenidade de anúncio nesta sexta-feira também o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, além do chairman executivo da Volkswagen Região América do Sul, Alexander Seitz, e do presidente e CEO da Volkswagen do Brasil, Ciro Possobom.

“A partir de 2026, todo novo Volkswagen desenvolvido pela nossa engenharia e fabricado na América do Sul terá versões eletrificadas! Teremos uma solução completa, democratizando a eletrificação e o acesso a tecnologias avançadas de segurança, conectividade e inteligência artificial”, comemorou Possobom.

O programa de eletrificação da frota produzida na América do Sul segue a orientação global da Volkswagen de alcançar a neutralidade em carbono até 2050.

A fábrica Anchieta, por exemplo, já conta com o Way to Zero Center, departamento da engenharia que desenvolve projetos e tecnologias com baixa emissão de CO2 para veículos em parceria com universidades e empresas.


Foto: Divulgação

Alzira Rodrigues
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