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Leapmotor será a quarta marca produzida em Pernambuco

Stellantis começará a montar modelos híbridos e elétricos inicialmente em kits importados, mas promete processo total em segunda etapa

Montadora líder de vendas no Brasil, com cerca de 30% dos licenciamentos em 2025, a Stellantis reúne seis marcas no Salão do Automóvel de São Paulo. As novidades de Fiat, Peugeot, Citroën, RAM e da novata Leapmotor serão expostas em seis estandes individualizados.

Neles estão novidades como o Jeep Avenger, que será produzido em Porto Real, RJ, a partir do ano que vem, a picape RAM Dakota, também no mercado brasileiro em 2026, e, além de vários carros-conceito, que sinalizam alguns dos caminhos pelos quais a Stellantis pode seguir em perfil de produto e estilos, também potenciais lançamentos nos próximos meses, sejam importados, sejam produzidos localmente.

Exemplos são o Citroën C5 Aircross ou o Peugeot 3008 Coupé, lançados recentemente na Europa e que podem aportar por aqui, inclusive com produção local ou regional. A RAM mostra a apimentada 1500 RHO e  monstruosa 3500 Mega Cab Dually, com rodado duplo traseiro, mas ainda apenas para sondar as potencialidades comerciais delas.

 

Apesar desse farto cardápio, a maior novidade da Stellantis para a edição de retomada da mostra, porém, não é um produto específico, mais sua marca e, mais ainda, onde ela será produzida. A Leapmotor foi confirmada como a próxima a ser fabricada no Brasil pelo conglomerado. Mais precisamente em Goiana, PE.

A planta, base atual de modelos Jeep, Fiat, RAM e inaugurada há uma década, deverá passar por alterações para receber os modelos da Leap Motor. Herlander Zola, presidente da Stellantis na América do Sul, não confirma quando nem quais veículos serão montados na unidade.

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→ Zola promete intensificar processo de eletrificação na Stellantis

 

A Leap iniciou sua operação comercial no Brasil há poucos dias com apenas dois produtos. Os SUVs B10, menor e totalmente elétrico, e o C10, que além da movida a bateria tem uma segunda configuração híbrida. No salão paulistano, porém, apresenta ainda o C16, outro utilitário esportivo, mas para seis ocupantes e novamente sob o manto da sondagem de mercado.

“Pode ser mais de um, podem ser mais de dois”, afirmou Zola, referindo-se ao portfólio da Leap a ser nacionalizado e que já está contemplado no atual ciclo de investimentos da empresa de R$ 30 bilhões.

Certo mesmo é que os produtos que saírem de Goiana serão inicialmente apenas montados. A Stellantis trará kits da Chin,a, que Zola diz que não saber ainda se serão parcialmente ou totalmente desmontados — no jargão do setor, CKDs ou SKDs. “Estamos avaliando.”

A fabricação completa dos elétricos e híbridos da Leap se dará numa segunda etapa. “A localização faz parte de nossa estratégia para todas as marcas”, afirmou Zola, que admite que a chegada da Leap envolverá a atração de novos fornecedores para o entorno da fábrica localizada na divisa com a Paraíba.

Mais ainda: o desenvolvimento de uma versão híbrida flex consta da pauta da montadora, assim como a possibilidade de que tecnologias oriundas dos modelos Leap possam ser adotadas em produtos das demais marcas  presentes em Goaiana.


Foto: Divulgação

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Publicado por
George Guimarães

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