Indústria

2026: ano de eleições, da Copa…. e dos híbridos nacionais, com etanol.

Apesar de preverem mercado estável, executivos confirmam lançamentos com novas tecnologias

A maioria das marcas tradicionais do mercado automotivo brasileiro realizou encontros de final de ano com a imprensa especializada, em geral para comemorar 2025, que apesar de problemas como os juros altos deve fechar com pequeno crescimento sobre 2024.

Com participação dos seus principais executivos, os encontros – tanto na hora do almoço como no estilo happy hour – também serviram para adiantar alguma coisa sobre 2026. Foi lembrança consensual o fato de ser um ano de eleições e de Copa do Mundo, o que vai contribuir para um mercado mais para estagnado do que para acelerado.

LEIA MAIS

Stellantis anuncia seis híbridos em 2026

VW “surfa” na onda chinesa e mira liderança na América do Sul

Sem backup de alguns itens, não dá para importar motor do Yaris Cross

Herlander Zola, presidente da Stellantis América do Sul, destacou serem essas duas das variáveis limitadoras de expansão. No caso da Copa, alertou, os brasileiros param nos dias dos jogos, ou seja, menos dias úteis para vender. Sem contar que também haverá em 2026 mais feriados prolongados.

Mas Zola não esqueceu dos juros altos, na sua avaliação o principal fator de estagnação no ano que vem, mesmo com ligeiro recuo.

O que não impedirá o lançamento de seis novos híbridos da Stellantis em 2026, como revelou em primeira mão o executivo no almoço de fim de ano. Todos híbridos-flex, com etanol, sendo quatro fabricados em Goiana, PE, um em Betim, MG, e um em Porto Real, RJ.

Os híbridos-flex também foram alvo do discurso de Ciro Possobom, presidente da Volkswagen do Brasil, no encontro de fim de ano, quando reforçou anúncio recente de que a partir de 2026 todos os modelos da marca terão, pelo menos, uma versão híbrida, com foco também no biocombustível brasileiro.

Assim como Zola, o presidente da Volkswagen não acredita em mercado acelerado em 2026: “As vendas de leves devem evoluir apenas 2% ou 3%, mas queremos crescer mais. Temos potencial principalmente em função do ano cheio com o Tera no mercado brasileiro”.

Outra marca que também projeta expansão acima da média é a Nissan. No lançamento do Kait, Guy Rodrigues, presidente na América Latina, disse que o Brasil é o mercado na região com maior potencial de crescimento para a marca, que quer chegar a 4% de participação no ano fiscal de 2027, que começa em abril próximo.

Com relação aos híbridos, importante lembrar que as chinesas BYD e GWM também terão ano cheio de produção de modelos com a tecnologia em 2026, ambas prometendo lançamentos de versões híbridas-flex, mais provavelmente no segundo semestre. No caso da BYD, a primeira será  plug-in do Dolphin, enquanto na GWM caberá ao Haval H6.

Além delas, a Toyota — pioneira mundialmente nesse tipo de tecnologia — inicia em janeiro a fabricação do seu SUV compacto Yaris Cross com versão híbrida-flex.

O modelo deveria ter sido lançado este ano, mas sua produção foi prejudicada pelo vendaval que destruiu a fábrica de motores de Porto Feliz, SP. Para voltar a operar suas linhas de veículos, a montadora está importando motores do Japão.

Outra marca que anunciou híbrido-flex no final deste ano foi a Ford, no caso para a picape Ranger, produzida na Argentina. Mas com apresentação pouco mais adiante, no início de 2027.

Ainda em se tratando de híbridos, mas não flex, também haverá novidades de várias marcas chinesas que estão chegando ao Brasil, dentre elas a Leapmotor, da Stellantis, a Geely Renault, a Omoda & Jaecoo e Jetour,, que têm lançamentos programados para 2026 e que impulsionarão ainda mais a participação da tecnologia nas vendas totais.


Foto: IA

Compartilhar
Publicado por
Alzira Rodrigues

Notícias recentes

Toyota nomeia Maurilio Pacheco para diretor comercial

Montadora promove outras três alterações em sua estrutura diretiva

% dias atrás

Número de veículos financiados é o maior em 11 anos

Foram mais de 6,6 milhões de transações entre automóveis, comerciais leves e pesados e motos

% dias atrás

Consórcio de veículos movimenta R$ 200 bilhões no ano

Único segmento com queda na venda de novas cotas foi o de pesados, justamente o…

% dias atrás

Cintos de segurança: primordiais para evitar mortes em estradas

Multas ainda são volumosas pela falta de uso; Ford, Renault e VW sinalizam os lançamentos…

% dias atrás

Volkswagen encerra a produção da fábrica de Dresden

Pela primeira vez, nos 88 anos de sua história, fabricante fecha uma unidade fabril na…

% dias atrás

Rodovias brasileiras estão em melhores condições, aponta pesquisa da CNT

Mais de 43 mil km considerados em ótimos ou bons

% dias atrás