As vendas pneus fabricados no País encerraram os nove primeiros meses do ano em queda de 2,7% com 29 milhões de unidades entregues ante as 29,8 milhões anotadas um ano antes.
Somente em setembro, os 3,21 milhões de pneus vendidos às montadoras e ao mercado reposição representaram um recuo de 8,2% sobre o mesmo mês de 2024 (3,50 milhões).
Os números foram consolidados pela Anip, associação dos fabricantes de pneus e, de acordo com o balanço, a indústria de instalada no País enfrenta um cenário desafiador, em especial devido à concorrência importada, que oferece, muitas vezes, preços menores aos praticados no mercado internacional.
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“Há distorções de preço, falta de conformidade técnica e casos de não cumprimento das obrigações ambientais que a indústria instalada no Brasil está sujeita”, conta em nota Rodrigo Navarro, presidente da Anip.
“O setor está sofrendo uma degradação que pode levar ao colapso da cadeia de produção. Estamos trabalhando junto ao governo brasileiro para que sejam tomadas medidas para criar condições isonômicas para a indústria brasileira.”
Por mercados, as entregas para o varejo anotaram retração de 7% até setembro com 20,3 milhões de pneus ante as 18,8 milhões de unidades distribuídas há um ano.
As fabricantes de veículos, no entanto, compraram mais de janeiro a setembro. No período foram entregues para as montadoras 10,1 milhões, alta de 6,6% sobre o volume registrado há doze meses (9,53 milhões).
Os recortes por aplicações também chegaram até setembro em ambiente de queda. As vendas de pneus de passeio recuaram 2,1% com 24,1 milhões de unidades. As entregas de pneus de cargas registraram queda de 5,2% para 4,84 milhões.
Foto: Divulgação Goodyear
