Com o fim do Inovar-Auto, a marca abrirá 25 novas concessionárias e renovará linha de produtos para vender 20 mil veículos em 2018
Por Alzira Rodrigues
Com o fim do adicional de 30 pontos porcentuais no IPI a partir de janeiro, a Kia está revendo seus negócios por aqui e promete renascer no País a partir de 2018. A empresa investirá R$ 165 milhões para ampliar a rede e vender pelo menos 20 mil veículos em 2018, o que representará crescimento de 150% sobre os 8 mil emplacamentos da marca projetados para este ano.
Animado com o fim do Inovar-Auto, que penalizou principalmente os carros importados por causa do IPI adicional e das cotas, José Luiz Gandini, presidente da Kia Motors do Brasil, disse na quinta-feira, 19, que a empresa quer “renascer no País”. Segundo ele, a Kia está sendo remontada: “Com o Inovar-Auto perdemos vendas, profissionais e concessionários. Por isso a necessidade de investir para que possamos volta a crescer no Brasil.
Dentre as novidades que virão para o Brasil, segundo Gandini, estão o novo Picanto, com motor 3 cilindros 1.0, o Rio, importado do México com motor 4 cilindros 1.6 litro, flexfuel, de 130 cv e o novo Cadenza, com com motor V6 3.3 litros GDI de 290 cv. Também virão o sedã Stinger, nas versões 2.0 e 3.3, além dos SUVs Sportage e Sorento. A Kia continuará vendendo o Cerato, o Soul, a Grand Carnival e o caminhão leve Bongo. E aguarda nova política de tributação diferenciada para os veículos híbridos e elétricos para trazer o Optima Hybrid, Niro Hybrid e o Soul EV Plug-In.
Dos US$ 165 milhões programados, R$ 50 milhões serão destinados à implantação de novas concessionárias, R$ 45 milhões direcionados à publicidade e marketing e R$ 30 milhões envolverão a aquisição de softwares e equipamentos. Além disso, outros R$ 5 milhões serão aplicados na adequação dos estoques de peças originais de reposição para os novos modelos a serem lançados e em treinamento de colaboradores, e R$ 35 milhões na construção de um centro tecnológico, em Salto, SP,que será aberto para testes de outras marcas.
Com a projeção de vender 20 mil veículos, a Kia recolherá impostos da ordem de R$ 1,2 bilhão, 140% mais em relação aos R$ 500 milhões previstos para este ano. Vai gerar 1.300 novos empregos diretos, acumulando até o final de 2018 algo em torno de 4 mil funcionários. Seu faturamento, que será da ordem de R$ 1 bilhão este ano, saltará para R$ 2,5 bilhões em 2018.
Com 90 concessionários hoje, a Kia terá mais 25 no próximo ano, dos quais dez abrirão suas portas em janeiro. A empresa criou o cargo de diretor de serviços, a ser ocupado pelo engenheiro automotivo Gabriel Loureiro, que já está em treinamento na Kia Motors Corporation em Seul. O melhor ano da Kia no Brasil foi em 2011, quando vendeu 80 mil veículos com uma rede de 180 concessionários. Naquele ano faturou R$ 5,3 bilhões.
Com o fim do Inovar-Auto, já é certo que acabam os 30 pontos adicionais de IPI. Mas ainda não está definido como será o novo programa automotivo, denominado Rota 2030. Poderá ser mantido um adicional, só que em índice menor, provavelmente de 10%. E haverá abatimento se a empresa cumprir determinadas metas, como eficiência energética, itens de segurança e investimento em pesquisa e desenvolvimento.
“Nada está definido ainda, mas a penalidade será para todos. Podemos ter até algum adicional, mas não será proporcional, visto que nossos produtos são avançados em eficiência energética e segurança”, explicou Gandini.
Fotos: Divulgação/Kia
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