Apesar de perder 1 ponto porcentual em um ano, montadora deteve 16,9% das vendas
Por George Guimarães | george@autoindustria.com.br
Encerrado o primeiro semestre de 2018, a General Motors demonstrou que não será tão fácil para a Volkswagen retomar, ainda este ano, a histórica liderança que deteve no mercado brasileiro ao longo de quatro décadas e que, publicamente, diz perseguir.
A montadora estadunidense reagiu bem à investida dos novos modelos da marca alemã e, apesar de ter perdido 0,8 ponto porcentual sobre igual período do ano passado, manteve a ponta em automóveis e comerciais leves com 16,9% de participação ao registrar 190,4 mil licenciamentos de janeiro a junho.
Só no mês passado foram emplacados 32,4 mil veículos Chevrolet, 16,6% das 195 mil unidades absorvidas pelo mercado brasileiro. A Volkswagen seguiu na segunda posição, com 28,9 mil veículos e 14,8% de participação, à frente da Fiat, com 27,4 mil e 14% das vendas.
Destaque no mês foi a ascensão da Renault. Com o bom desempenho do Sandero, que somou 6,1 mil emplacamentos e foi, surpreendentente, o quarto automóvel mais vendido em junho e o primeiro da marca, a montadora francesa assumiu a quarta colocação com quase 19,8 mil licenciamentos, fatia de 10,1%.
Ao longo de 2018, porém, está na sexta posição, com 93,9 mil unidades e 8,3%, atrás da Ford e da Hyundai, que detiveram, respectivamente, 9,5% e 9,3% dos emplacamentos. De qualquer maneira, passou a Toyota, que no acumulado dos primeiros seis meses de 2017 detinha 8,8% das vendas contra 7,4% da Renault. A marca japonesa tem agora fatia de 8%.
Muito desse desempenho da General Motors no primeiro semestre se deve ao Onix, hatch que vem liderando o mercado brasileiro há três anos e que somou 89,6 mil emplacamentos nos seis primeiros meses do ano, a metade de tudo que a GM negociou.
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Ainda assim, das marcas de maior presença no Brasil, a Volkswagen é a que mais evoluiu em 2018. Com os 166,4 mil emplacamentos até junho, ganhou 2,2 pontos porcentuais e fechou o semestre com 14,8% de participação.
Essa evolução foi impulsionada sobretudo pelo boa aceitação de Polo e Virtus, seus dois mais importantes lançamentos desde o fim do ano passado e, não por coincidência, concorrentes diretos do próprio Chevrolet Onix e de sua versão sedã, o Prisma, também o segundo carro da GM mais vendido aqui.
A Fiat, ao contrário, somou 146,4 mil veículos até junho, equivalentes a 13% e recuo de 0,6 ponto porcentual com relação ao mesmo período do ano passado. Assim como a VW, a empresa investiu em concorrentes para os principais produtos da GM, mas sem ainda o mesmo sucesso de números.
O ranking das dez marcas mais vendidas no Brasil no semestre tem ainda Honda, com 64,7 mil unidades e 5,8% de participação, Jeep, 49,7 mil e 4,4%, e Nissan, 46,6 mil e 4,1%
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