Indústria

Produção de motocicletas recuou 27% no primeiro semestre

Foram fabricadas 392,2 mil motos de janeiro a junho. Vendas no varejam somaram 350,1 mil unidades, queda de 33,9%.

A produção brasileira de motocicletas superou 392,2 mil unidades no primeiro semestre, 27% a menos do que em igual período do ano passado, quando saíram das fábricas concentradas no Polo Industrial de Manaus, AM, 537,1 mil motos.

Em junho, foram fabricadas 78,1 mil unidades, um salto de nada menos do que 427% sobre a produção registrada em maio — mês em que as montadoras retomaram a produção de forma gradual — e que se limitou a 14,8 mil motocicletas. A comparação anual também é positiva. O avanço foi de 14,7%, já que em junho de 2019 parte dos fabricantes concedeu férias parciais.

Apesar da significativa queda na primeira metade de 2020, Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, entende que o setor prossegue em “retomada consistente”:

“Logo no início da pandemia, Manaus foi uma das cidades mais atingidas pela Covid-19 e agora, com o retorno gradativo da produção, o segmento de motocicletas apresenta tendência de recuperação, cuja evolução dependerá ainda da normalização das operações de varejo”.

Mas em junho, o ritmo da produção foi bem melhor do que o das vendas. Os emplacamentos, impulsionados em parte por registros represados de semanas anteriores, somaram 45,8 mil, aumento de 57% sobre o resultado de maio e queda de 42,7% com relação a junho do ano passado. A média diária de vendas de 2.293 unidades foi a menor para o mês desde 2003, quando foram negociadas 3.107 mil motos por dia.

O saldo do primeiro primeiro semestre é negativo: queda de 33,9%, para 350,1 mil unidades. No curto prazo, porém, o mercado pode receber reforço dos consórcios, segundo Fermanian. O dirigente aponta demanda por motocicletas constituída pelos cotistas contemplados que ainda não utilizaram suas cartas de crédito para adquirir os veículos em período recente.

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A ABAC, Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, calcula mais de 100 mil cotas contempladas sem utilização. “O consórcio tem uma participação importante nos negócios. As fábricas têm procurado adequar o mix de produtos para atender às necessidades destes clientes”, afirma o presidente da Abraciclo, que ainda não arrisca  projeções de produção e vendas em 2020.

“Estamos acompanhando a implementação das medidas de saúde pública e de combate aos impactos da pandemia e, simultaneamente, analisando como as operações comerciais se desenvolvem nesse contexto”, limitiou-se a declarar.


Foto: Divulgação

 

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Redação AutoIndústria

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