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Metalúrgicos da General Motors votam PDV em São José dos Campos

Assembleia será no início da próxima semana e também vai avaliar continuidade do layoff

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, SP, marcou para segunda, 24, e terça-feira, 25, votação online da proposta da General Motors que abrange abertura de PDV, Progama de Demissão Voluntária, e extensão do layoff na fábrica do interior paulista.

As continuidade da suspensão temporária do contrato de trabalho (layoff)  já foi aprovada pelos funcionários dos demais complexos industriais da montadora no País – São Caetano do Sul, SP, Gravataí, RS, e Joinville, SC. Já o processo de PDV foi deflagrado apenas na fábrica do ABC paulista.

A votação começa às 8h da segunda-feira e estende-se até às 16 do dia seguinte. O sindicato informa que iniciou  negociações com a GM em virtude dos planos da empresa de realizar demissões em função da crise provocada pela pandemia da Covid-19.

As dispensas no setor já começaram a ocorrer, conforme mostram números da Anfavea, e no momento a Volkswagen também está negociando com os sindicatos dos locais onde tem fábrica medidas de flexibiliação trabalhista, alegando necessidade de cortar 35% do seu efetivo no País, o que representaria mais de 5 mil demissões.

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Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, o PDV será aberto a trabalhadores de todas as áreas. Aqueles que aderirem receberão salários adicionais, extensão do convênio médico e um carro Onix Joy Black. A entidade informa que pela prposta inicial da GM, os benefícios iriam variar de acordo com o tempo de fábrica de cada trabalhador.

Com relação ao layoff, a medida foi implantada em 13 de abril e terminaria no dia 12 de setembro. A GM quer estender o programa por mais dois meses (outubro e novembro), com 100% do salário líquido, sendo R$ 1.813 pagos pelo governo e o complemento pela empresa, conforme informações divulgado pelo sindicato em seu site.

“Se após esse período o mercado automotivo não reagir, haverá a prorrogação do layoff por mais cinco meses. Neste caso, a GM arcaria com a íntegra do salário líquido”, revela o sindicato. Atualmente estão com o contrato de trabalho suspenso cerca de 1,1 mil trabalhadores. Outros 2,5 mil retomaram atividades na planta de São José dos Campos, onde são produzidos os moelos S10 e Trailblazer.

“Em todas as rodadas de negociação com a GM e qualquer outra empresa, o sindicato sempre defendeu a adoção de estabilidade como única forma de realmente preservar os empregos. Agora a decisão cabe aos trabalhadores”, comenta o vice-presidente do sindicato, Renato Almeida.


Foto: Divulgação/Sindicato dos Metalúrgicos de SJC

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Redação AutoIndústria

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