Dos 200 demitidos, 50 devem ser recontratados a partir de setembro para atender contrato de fornecimento para a Fiat
Os trabalhadores da Arteb, que estavam em greve desde a terça-feira, 26, aprovaram acordo negociado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e começaram a retornar ao trabalho na tarde da quinta-feira, 27. O movimento foi deflagrado em protesto à decisão da fabricantes de autopeças de São Bernardo do Campo de demitir 200 pessoas.
O acordo garante o pagamento de todas as verbas rescisórias dos demitidos, recontratação de parte desses trabalhadores no segundo semestre, quando terá início contrato de fornecimento para a Fiat, extensão do convênio médico até setembro para os que foram desligados e garantia de emprego pelo mesmo período para os que ficaram. Também ficou acertado que não haverá desconto dos dias parados.
O segundo turno retornou já na quinta-feira, 29, e a partir de hoje, 29, a produção deverá ser normalizada. Segundo o secretário-geral do Sindicato do ABC, Moisés Selerges, a prioridade do sindicato foi garantir o pagamento das indenizações, uma vez que a Arteb, de itens de iluminação, como lanternas e faróis, encontra-se em processo de recuperação judicial.
“Infelizmente, a situação é grave e não poderíamos trabalhar fora da realidade. Por isso optamos por não criar expectativas que não poderiam ser cumpridas. Uma consultoria contratada pela fábrica chegou a orientar a direção a demitir 500 trabalhadores. Um verdadeiro absurdo”, destacou o sindicalista.
Segundo ele, ficou acertado que as rescisões serão todas pagas o mais rápido possível: “A forma vai depender do valor que cada um tem a receber, que varia muito. Acertamos, no entanto, que nos casos em que for necessário parcelamento, nenhum trabalhador receba por mês um valor inferior ao seu salário bruto”.
Outro compromisso acertado com a empresa, que será registrado em documento, é a recontratação de 50 trabalhadores a partir de setembro. “Por causa do acordo firmado com a Fiat, a Arteb terá de ampliar a produção no final do ano e consequentemente vai precisar de mais gente. Nada mais justo do que recontratar dentre os demitidos”, comenta Selerges, adiantando ainda que a empresa informou que também há conversas com uma outra montadora e que se essas forem positivas há possibilidade de reintegração de todos os desligados.
Foto: Divulgação SMABC/Adonis Guerra
Sindicato calcula o corte de 50 trabalhadores que estavam em licença remunerada
A atual primeira colocada Volkswagen tem 15,7% dos licenciamentos. Há um ano Jeep liderava com…
Vendas avançaram 45% em abril em relação há um ano
Presidente da Fenabrave reconhe que os elétricos puros vêm se consolidando aos poucos nos grandes…
Com 133 mil emplacamentos no quadrimestre, vendas do segmento cresceram 21,5% este ano
Encarroçadora de ônibus contabilizou R$ 316,9 milhões no período. Produção, entretanto, recuou 5,9%.