Empresa

Aos 50 anos, Cummins transforma por completo a fábrica de Guarulhos

"É um divisor de águas", diz diretor de operações. Dentre outras ações, a aquisição de 14 robôs colaborativos.

A fábrica de Guarulhos, SP, da Cummins passa pela maior transformação nos 50 anos da história da empresa no Brasil. Em preparação para a chegada dos motores Euro VI no País e nos moldes da Indústria 4,0, a fabricante de motores investe pesado em manufatura, com a aquisição, dentre outras, de 14 robôs colaborativos, um dos quais já em operação. Outros quatro serão incorporados ainda este ano e nove chegam em 2022.

O diretor de operações, Celso Ricardo de Oliveira, diz que os investimento em andamente representam “um divisor de águas” na história da Cummins. O objetivo com o projeto Plant Transformation, que vem sendo implantado desde maio do ano passado, é ter ganhos de produtividade, qualidade e segurança, garantindo condições ainda melhores de trabalho para os colaboradores da companhia.

“O Plant Transformation envolve mudanças significativas no contexto da Indústria 4.0, com evoluções na parte dos softwares, em ergonomia, abastecimento de linha e logística, abrangendo todos os processos desde o desenvolvimento do produto até a sua produção final”, explica Oliveira.

O executivo destaca, ainda, que a Cummins também vem trabalhando forte na localização de componentes, com alguns projetos já em fase de conclusão. “Um deles é o cabeçote do motor F 3.8, que antes vinha da China e também é utilizado no motor F 4.5. A partir dos investimentos em produção local de algumas peças, teremos mais 50% de índice de nacionalização em nossos motores”.

LEIA MAIS

Cummins acumula investimento de R$ 170 milhões no Euro VI

Cummins inicia testes de motor a combustão movido a hidrogênio

O diretor de operações conta que um dos diferenciais do Plant Transformation foi a criação de uma equipe 100% dedicada à sua implantação, “O projeto começou em 2018/2019 e as transformações foram iniciadas em 2020. Tudo para garantir a entrega dos novos motores entre o final de 2022 e começo de 2023, quando a nova legislação de emissões de poluente entra em vigor”.

Com a chegada do Euro VI, a empresa conseguiu implantar o sistema dual sourcing: “Ao investirmos na nacionalização, fizemos um trabalho junto aos clientes para mostrar que ter duas fontes de fornecimento reduz eventuais riscos no processo produtivo. Havia resistência nesse sentido, mas agora conseguimos validar componentes de origens diferentes, garantindo maior agilidade nas operações”.


Foto: Divulgação/Cummins

Compartilhar
Publicado por
Redação AutoIndústria

Notícias recentes

De novo, GM demite em São José dos Campos por telegrama

Sindicato calcula o corte de 50 trabalhadores que estavam em licença remunerada

% dias atrás

Fatia de 5 marcas líderes em SUVs encolhe 11 pontos em um ano

A atual primeira colocada Volkswagen tem 15,7% dos licenciamentos. Há um ano Jeep liderava com…

% dias atrás

Mercado de caminhões engata movimento de recuperação

Vendas avançaram 45% em abril em relação há um ano

% dias atrás

Segmento de eletrificados mantém trajetória ascendente

Presidente da Fenabrave reconhe que os elétricos puros vêm se consolidando aos poucos nos grandes…

% dias atrás

O bom momento no mundo das picapes

Com 133 mil emplacamentos no quadrimestre, vendas do segmento cresceram 21,5% este ano

% dias atrás

Marcopolo tem lucro líquido 34,1% maior no primeiro trimestre

Encarroçadora de ônibus contabilizou R$ 316,9 milhões no período. Produção, entretanto, recuou 5,9%.

% dias atrás