Após obter resultado acima do esperado em 2021, com alta de 33% nas vendas em relação ao ano anterior, a indústria de implementos rodoviários mantém desempenho estável este ano. O setor fechou o primeiro trimestre com 35.986 emplacamentos, praticamente o mesmo resultado de idêntico período de 2021 (35.885).

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 6, pela Anfir, Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviáiros. Do total comercializado, 19.504 unidades foram do segmento de reboques e semirreboques e 16.482 foram carrocerias sobre chassis.

José Carlos Spricigo, presidente da entidade, acredita que o mercado de reboques e semirreboques deve se aquecer nos próximos meses para atender demanda dos clientes do agronegócio, enquanto o segmento de carroceira sobre chassis segue sendo beneficiado por obras urbanas, em especial do mercado imobiliário.

O executivo comemorou a criação do programa Renovar, anunciado pelo governo federal na semana passada. “Em um País onde 26% da frota tem mais de 30 anos de idade precisamos muito de um programa como esse”, comentou o presidente da Anfir, destacando que a renovação da frota deverá melhorar as condições de segurança nas estradas brasileiras.

Também o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior, comemorou o anúncio do Renovar, que em caráter experimental vai começar com caminhões em Minas Gerais e com ônibus no Rio Grande do Sul.

Sobre o mercado de implementos rodoviários, que mostra estabilidade e não crescimento como se vê nos emplacamentos de caminhões, a Fenabrave acredita que o transportador está evitando trocar o veículo e implemento ao mesmo tempo. “Ele está priorizando a troca do caminhão usado por um novo e adiando a compra do implemento para diluir os gastos em mais tempo”, avalia Sérgio Dante Zonta, dirigente da Fenabrave responsável pelo segmento de pesados.


Foto: Divulgação/Rodofort

 

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