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Baterias Moura conquista fronteiras além-mar

Tecnologia de acumuladores da fabricante pernambucana atende mercados internacionais atendidos pela indiana Exide

O domínio da Moura de fazer baterias tem cativado mercados externos. A tecnologia desenvolvida pela empresa de Belo Jardim (PE), em especial dos acumuladores do tipo EFB (do inglês, Enhanced Flooded Battery) também está presente nos produtos da Exide, fabricante da Índia com ampla presença na Europa, Oriente Médio e Ásia.

Oferta de baterias EFB não é privilégio da Moura, mas foi o lastro de sugestão de Volkswagen e General Motors que comprador internacional bateu na porta da empresa pernambucana atrás de seu desenvolvimento para fornecer o produto na produção da Índia.

Antonio Júnior, diretor-geral da Moura, conta que baterias EFB tem durabilidade média de três, são tão eficientes quanto as do tipo AGM (Absorbent Glass Mat), também produzidas em Belo Jardim, e com menor custo. “A EFB tem grande capacidade de absorver carga e nos próximos anos certamente responderá pela maior participação do mercado.”

Se já conquista lá fora, o executivo tem sobre a mesa o lugar que cada produto deverá assumir. A bateria EFB surgiu para atender a alta demanda de energia do start-stop e com o avanço do recurso, impulsionado por exigências de menos emissão e economia de combustível, nos próximos cinco anos a solução deverá responder por 65% do mercado, invertendo proporção atual com a convencional SLI.

“Mais adiante baterias de 12V EFB terão participação de 95%, enquanto as AGM estarão presentes em veículos de alto custo, com 5%. Modelos híbridos também demandarão tecnologia mais avançada.”

Para a virada que se avizinha, a Moura já tem compromisso de começar a fornecer baterias AGM para Jaguar Land Rover na produção de Itatiaia (RJ), além de planos de montar baterias de 48V para híbridos leves.

Dona de uma produção de 10 milhões de baterias por ano. Do total, 70% seguem para o varejo e 10% para exportação. A empresa detém 75% de participação nos carros com star-stop. No mercado de OEM, onde possui 20%, se sobressai na Stellantis, com presença em 70% dos modelos da fabricante produzidos no País e 100% na operação argentina.

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 Foto: Moura/Divulgação

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Publicado por
Décio Costa

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