Mercado

Iveco encosta de vez na quarta colocação

Desvantagem para a Scania foi de apenas 75 caminhões no primeiro semestre

O mercado de caminhões encolheu 12% do primeiro semestre. Das seis montadoras que mais vendem, apenas Scania e DAF registraram avanços de, respectivamente, 13% e 18% com relação a igual período do ano passado.

A Volvo foi a marca de maior queda, 20%, seguida de perto pela Mercedes-Benz, com recuo de 19%, e depois pela VWCO, que vendeu 14% a menos.

A Iveco também perfila no time que viu suas vendas recuarem, mas menos do que a média do mercado. Segundo aponta a Fenabrave, com exatos 4.969 caminhões vendidos de janeiro a junho, seu resultado foi 8% inferior na mesma comparação anual.

Ainda assim, a montadora com fábrica em Sete Lagoas, MG, tem o que comemorar. Sobretudo no que se refere à fatia de mercado que passa a ostentar.

Depois dos seis primeiros meses de 2023,  responde por 10,3% dos licenciamentos de caminhões.

Em junho, particularmente, estabeleceu seu recorde histórico para um único mês: alcançou perto de 12% de participação, quando teve 924 unidades licenciadas.

Se em junho a Iveco foi a quarta marca mais vendida, só não ficou na mesma colocação no primeiro semestre por  uma diferença marginal para a Scania. A montadora sueca somou 5.044 emplacamentos, meros 75 veículos a mais ou 0,15 ponto porcentual de vantagem.

No encerramento de 2022, entretanto, a dianteira da Scania frente à Iveco era muito mais significativa: participação de 10,6% contra 8,6%. Em unidades, 2,5 mil caminhões Scania a mais.

Márcio Querichelli, presidente da Iveco para a América Latina, prefere destacar que o aumento da participação foi conquistado dentro de cenário impactado por taxa de juros elevadas, pouco crédito e entrada em vigor da fase de emissões Proconve P8, que obrigatoriamente encareceu os veículos — em alguns casos, de 15% a até 20%.

” Tivemos um primeiro semestre extremamente complexo. A combinação dos produtos de custo mais alto, com as taxas de juros e baixa disponibilidade de crédito acabou por travar o mercado de caminhões e segue sendo motivo de grande preocupação”, pondera Querichelli, que aposta em redução da taxa Selic nos próximos meses.

O executivo entende que o Finame, linha de financiamento que no passado foi principal mecanismo propulsor das vendas de veículos comerciais pesados, pode retomar importante papel e, aliado ao programa de renovação de frota, acelere os negócios.

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Foto: Divulgação

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George Guimarães

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