Empresa

Sem acordo sobre demissões, greve na GM continua

Após duas reuniões de conciliação, novo encontro entre as partes está marcado para esta terça-feira, 31

A sexta-feira, 27, foi marcada por duas reuniões de conciliação solicitadas por sindicatos de metalúrgicos em decorrência das demissões nas fábricas paulistas da General Motors.

Uma delas abrangeu os de São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes no Ministério do Trabalho, na capital paulista, e a outra apenas o de São José dos Campos (Sindmetal) no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região.

Ambas terminaram sem acordo, razão da continuidade da greve nas três fábricas iniciada semana passada. No caso do encontro com o Sindmetal (foto acima), o desembargador João Alberto Alves Machado chegou a propor a suspensão das 800 demissões, conforme reivindicação dos trabalhadores mas a montadora não aceitou.

LEIA MAIS

General Motors demite em três fábricas de São Paulo

Sindicatos citam lucro da GM para questionar demissões

Com relação à reunião envolvendo os três sindicatos e as respectivas fábricas, nova mediação foi  marcada para esta terça-feira, 31, às 10 horas, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, na avenida Prestes Maia, 733, São Paulo.

Também já está agendada mediação com o Sindmetal para 8 de novembro, às 16h, no TRT da 15ª região.

Vale lembrar que a GM demitiu funcionários por telegramas e e-emails durante o fim de semana dos dias 21 e 22 de outubro. Sua única fábrica de veículos em funcionamento é a de Gravataí, RS, onde produz o Pnix, seu carro-chefe. Todos os demais  carros e comerciais leves, incluindo a picape Montana, feita em São Caetano do Sul, SP, estão sem oferta alguma há nove dias.

Conforme já decidido em assembleias pelos trabalhadores, a greve continuará enquanto as dispensas não forem canceladas. Estimam-se mais de 1 mil demissões, das quais a maioria em São José dos Campos.

Nesse caso, o desembargador solicitou que a GM apresente o acordo de layoff celebrado com o sindicato, documento que prevê estabilidade no emprego para todos os funcionários da fábrica.

O sindicato informa que também está previsto na cláusula 4.1 que, na hipótese de não haver possibilidade do retorno antecipado ao trabalho e findado o período de cinco meses sem alteração do cenário atual, “as partes ajustam a possibilidade de extensão do presente acordo coletivo por mais cinco meses, podendo a suspensão do contrato de trabalho total ou parcial permanecer em vigor até 3 de maio de 2024 sem a necessidade de nova assembleia ou aditamento ao presente acordo.”


Foto: Divulgação/Sindmetal

Compartilhar
Publicado por
Alzira Rodrigues

Notícias recentes

Sem acordo, greve continua e Renault acumula perda de 5,3 mil carros

Sindicato convoca assembleia para esta quinta-feira, às 14h

% dias atrás

Moura, Iochpe e Michelin vencem prêmio socioambiental da Mercedes-Benz

Montadora também premiou projetos de concessionárias

% dias atrás

Scania leva a melhor no ranking de caminhões pesados

Fabricante participou com quase 30% das vendas no segmento

% dias atrás

Impacto das enchentes do RS na cadeia automotiva

A catástrofe natural do estado gaúcho atinge a indústria automobilística nacional de várias formas e…

% dias atrás

Ricardo Bianchi, o novo diretor de Vendas da Nissan Brasil

Ele substitui Rodolfo Possuelo,  que desde abril dirige o Pós-Vendas da montadora na região

% dias atrás

Niterra lança correias e roletes para scooters

Empresa detém as marcas NGK e NTK

% dias atrás