A General Motors enviou comunicados a funcionários de sua fábrica de São José dos Campos, SP,  no sábado, 21, comunicando demissões. “Sem prévia negociação com o sindicato e de maneira covarde, a montadora enviou telegramas a diversos metalúrgicos, incluindo operários em layoff”,  afirmou o Sindicato dos Metalúrgicos de São Jose dos Campos e Região.

A entidade informou também que foram dispensados trabalhadores da empresa em São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes, também no Estado de São Paulo — a GM tem ainda unidade fabril em Gravataí, RS.

A montadora alega queda nas vendas internas e nas exportações para a dispensa de um número ainda não informado de trabalhadores das três fábricas.

No entanto, a GM negociou 236,3 mil automóveis e comerciais leves no mercado brasileiro de janeiro a setembro. Deteve 15,4% de participação, índice menor apenas do que o da líder Fiat ( 22,1%) e quase idêntico ao da Volkswagen (15,5%). Na comparação com o mesmo período do ano passado, as vendas internas da empresa cresceram 16%, bem acima dos 10% da média do mercado.

O sindicato de São José dos Campos exige o imediato cancelamento de todas as demissões e a reintegração de todos os trabalhadores. Diz que exigirá ações emergenciais do governo Lula para reverter os cortes e defende a luta unificada dos trabalhadores das três fábricas.

“Em São José dos Campos, a GM tem um acordo firmado de que não realizaria demissões ou adotaria outras ações sem prévia negociação com o representante legal dos trabalhadores, o que foi descumprido nessa ação arbitrária da empresa”, afirmou a entidade em nota oficial.

Pelo acordo do layoff aprovado em junho, todos os operários da planta deveriam ter estabilidade no emprego durante a vigência da suspensão de contratos, medida que afetou 1,2 mil trabalhadores do quadro de cerca de 4 mil pessoas da unidade onde são fabricados o SUV Trailblazer e a picape S10.

“Os trabalhadores e o Sindicato foram pegos de surpresa, em pleno sábado, com essa atitude covarde da GM. Nenhuma empresa pode fazer demissões coletivas sem prévia negociação com sindicatos no Brasil, e não vamos admitir essa arbitrariedade da montadora”, afirma o vice-presidente do Sindicato, Valmir Mariano.

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Foto: Reprodução/ Internet/ SMSJC

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