Mais nova fabricante local, a GWM tem colhido recorde de vendas mensais desde agosto, quando inaugurou a fábrica de Iracemápolis, SP. Em outubro, estabeleceu sua melhor marca, com 5,2 mil automóveis e comerciais leves entregues aos clientes finais.

Nesse ritmo, a montadora já se prepara para dobrar a atual produção de 80 veículos por dia. Márcio Alfonso, diretor de produção da GWM, revelou, durante a abertura à imprensa do Salão do Automóvel de São Paulo, nesta quarta-feira, 19, que o patamar de 160 unidades será atingido até o fim de março.

Para isso, serão abertos 300 postos de trabalho. O quadro de trabalhadores, assim, subirá para 1,3 mil pessoas atuando em dois turnos de trabalho.

Essa nova etapa, entretanto, será apenas um segundo degrau das atividades no complexo paulista, que persegue aumento do índice de nacionalização de seus produtos rapidamente — algo próximo de 35% em dois anos.

Wey G9: luxo sob análise para o mercado brasileiro.

Wey G9: luxo ainda em estudo para o mercado brasileiro.

Alfonso admite também que um terceiro turno poderá ser adotado ainda antes do fim de 2026 para que Iracemápolis possa alcançar a capacidade do projeto original de 50 mil unidades anuais. “Mas, para isso, serão necessárias algumas intervenções na fábrica, como maior nível de automação de algumas áreas”, pontuou o executivo.

Toda essa movimentação para dar conta de objetivo bem definido de vendas para 2026. Se em 2025 a marca deve esbarrar em 42 mil licenciamentos, ante a estimativa inicial de 35 mil, para o ano que vem estima que poderá colocar nas ruas 58 mil veículos nacionais e importados.

Além do Haval H6, que acaba de ser atualizado em estilo e conteúdos, da picape Poer P30 e do Haval H9, os três fabricados no interior paulista, Diego Fernandes, chefe da operação brasileira da GWM, credita parcela desse esperado aumento de 38% dos emplacamentos à forte ampliação e melhoria da linha de produtos ao longo de 2026.

A marca lançou no começo deste mês o utilitário esportivo de luxo Wey 07 e tem programadas as chegadas de outros doze modelos e atualizações, de produtos nacionais e importados, até o fim do ano que vem.

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No Salão do Automóvel apresenta dois recentes lançamentos mundiais que, entretanto, não estão ainda confirmados  entre aqueles que chegarão às revendas nos próximos meses. Segundo Fernandes, a mostra paulistana servirá para medir a receptividade de potenciais clientes dos luxuosos Tank 700 (foto) e da minivan Wey G9.

O primeiro, um enorme SUV de sete lugares, tem motor biturbo de seis cilindros em V e 3 litros associado a outros dois elétricos, conjunto que, com tração 4×4, fornece nada menos do que 524 cv de potência.

A Wey G9 atenderia, sobretudo, a um também restrito nicho de mercado, que busca muito luxo e acabamentos e recursos tecnológicos sofisticados. O modelo é movido por sistema híbrido plug-in capaz de desenvolver 442 cv de potência.


Foto: AutoIndústria

George Guimarães
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