O presidente da Stellantis América do Sul, Herlander Zola, admitiu que as fábricas do grupo estão na iminência de parar devido à falta de chip, decorrente da decisão do governo chinês de suspender a exportação desses componentes produzidos pela Nexperia após a empresa ter sofrido intervenção em suas operações na Holanda.
Apesar da gravidade da situação, Zola disse estar otimista com relação a uma solução negociada, fruto de iniciativa do governo brasileiro e da Anfavea de conversar com a China para que o Brasil seja colocado em uma lista de exceção.
No sábado, o embaixador do país asiático no Brasil ligou para o ministro Geraldo Alckmin, do MDIC, e para o presidente da Anfavea, Igor Calvet, revelando que o governo chinês abriria canais de diálogo com o setor automotivo brasileiro para resolver o problema.
LEIA MAIS
→Zola promete intensificar processo de eletrificação na Stellantis
→Governo chinês abre diálogo com montadoras brasileiras sobre chips
→“Não muito tempo”, diz chairman da VW sobre duração dos estoques de chips
Segundo o presidente da Stellantis, a empresa já encaminhou documentação necessária para a China mostrando quais componentes e os volumes que necessita para manter suas operações.
“A questão dos chips é realmente um tema importante que nos fez perder uma parte do sábado e domingo para buscar solução. Estamos acompanhando o problema hora a hora”, explicou Zola. “Estamos na iminência de uma parada nas nossas fábricas e é importante dizer que a Anfavea e o governo trabalharam bem e temos a esperança de que o problema será resolvido”.
Segundo o executivo, a logística dos semicondutores, por serem peças pequenas, pode envolver transporte por avião. “Se aprovado o envio dos semicondutores para o Brasil, em dois a três dias já estaremos recebendo os produtos”, informou Zola.
- 2026: ano de eleições, da Copa…. e dos híbridos nacionais, com etanol. - 18 de dezembro de 2025
- Consórcio de veículos movimenta R$ 200 bilhões no ano - 18 de dezembro de 2025
- Com China no topo, importações de autopeças atingem US$ 22 bilhões - 17 de dezembro de 2025


